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47 AutoData | Maio 2023 Speedbird: empresa criou sistema de entregas urbanas com drones que partem de vans Sprinter da Mercedes-Benz trazidas para dentro das fábricas do setor para desenvolver soluções em conjunto. As parcerias promovem uma espécie de troca em que, emmão dupla, um acelera os negócios do outro. Para se ter ideia do crescimento da demanda por estas parcerias a Liga Ven- tures, maior incubadora do País que torna viável a operação dessas empresas nas- centes, anos atrás criou a Liga AutoTech, uma divisão especializada em conectar startups ao setor automotivo. Merce- des-Benz e Eaton são exemplos de in- dústrias do setor que estabeleceram parcerias exclusivas com a aceleradora. No segmento de serviços automotivos a plataforma tem clientes como Sem Parar, DPaschoal, Pósitron, Águia Branca e Porto Seguro. Segundo a Liga Ventures o que as empresas mais buscam são soluções para melhorar a experiência do cliente, com aumento da fidelização por meio da ofertas personalizadas. Em boa parte das parcerias as startups são desafiadas a criar novos serviços digitais para aluguel e compartilhamento de veículos, gestão de frotas, telemetria, mobilidade autônoma, carteira digital e serviços financeiros, bem Divulgação/MB Divulgação/Randon como dar tratamento a dados de inteli- gência artificial para aumentar eficiência operacional de frotas e cadeia logística, incluindo aí a redução de pegada de car- bono, contabilizada como ação de ESG, ou governança socioambiental. BUSCA DE TALENTO EXTERNO ANissan, por exemplo, busca nas star- tups o que chama de inovação aberta, como conta Marcus Krauspenhar, diretor de negócios estratégicos: “Temos 3 mil funcionários na região e existem muitos talentos fora. A forma de trazer esses ta- lentos é fazer trabalhos em conjunto com empresas de pesquisas e startups”. As iniciativas são relativamente re- centes, com menos de dois anos. Hoje a empresa, com origem no Japão, trabalha com startups no que chama de “seis terri- tórios”: indústria 4.0, smart supply [ou for- necimento inteligente], sustentabilidade, experiência com o cliente, conectividade e eletrificação. “Na Nissan já conversamos com mais de sessenta startups no Brasil e elas vie- ram com dois propósitos: cultural e de negócio”, indica Krauspenhar. “O primeiro tem a ver com o fato de uma montadora Randon Smart: telemetria desenvolvida em parceria com a Delta, incubada na Randon Venture.

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