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37 AutoData | Maio 2023 controlada pela Randoncorp [ex-Empresas Randon] que reúne dezessete marcas sob o seu guarda-chuva e aproveitou a feira para divulgar seu novo posicionamento de mercado. Sérgio Carvalho, CEO e presidente da Frasle Mobility – e também CEO da Randoncorp –, contou que o novo nome reflete amudança de portfólio da empresa, antes focada em elementos de fricção de freios, como pastilhas e lonas: “A Frasle tri- plicou de tamanho nos últimos anos e com as aquisições que fizemos [oito empre - sas compradas desde 2017] hoje é outra empresa, em que os produtos de fricção representam só metade das vendas glo- bais. Temos agora uma linha completa de componentes não só de frenagem, mas também de suspensão e direção após a aquisição da Nakata. São elementos de troca obrigatória na manutenção de veículos, o que nos garante faturamento constante”. Carvalho observa que o mercado de reposição segue em crescimento em to- dos os países nos quais a Frasle atua. Este ano o faturamento da empresa, em todo o mundo, neste segmento deve avançar de 10% a 20% na comparação com 2022, para R$ 3,3 bilhões a R$ 3,7 bilhões. Para o Brasil a projeção é parecida: “Nossos clientes nos dizem que tiveram o melhor primeiro trimestre da história este ano. As passagens pelas oficinas permanecem aquecidas”. ADana chegou quase à metade de seu planejamento estratégico 2020-2025, que tem como objetivo principal quadruplicar sua receita no aftermarket, segmento do qual se desfez de negócios em 2004, com a venda da operação para a Affinia, que retomou em 2017. De 2019 até o ano pas- sado, segundo o diretor de aftermarket Marcelo Rosa, a sua unidade já cresceu 78%: “Unificamos a área em toda a América do Sul. Agora o objetivo é crescer 280% até 2025, com a inclusão de novos produtos e marcas”. Uma delas foi novidade na Automec: a Victor Heinz, cujos componentes de juntas de motores eletrônicos a diesel passaram a desembarcar no Brasil vindas da Ale- manha. Rosa disse que cerca de 50% a 60% das peças que compõem o portfólio da reposição, formado no Brasil também pelas marcas Spicer e Albarus, são com- pradas no Exterior. Segundo Rosa o aftermarket respon- deu por cerca de 7% do faturamento da Dana na região: “Em todo omundo chegou a 10%. Para uma empresa como a nossa o usual é manter participação na reposição na casa dos 10% a 15%, pelo tipo do nosso negócio, no qual as peças trocadas são geralmente menores”. SETOR DOBRA DE TAMANHO Na véspera da Automec, no mesmo SP Expo, o Sindipeças organizou o 4º Encon- tro da Indústria de Autopeças. Lá foi apre- sentado umestudo da McKinsey projetan- do que o setor de aftermarket automotivo, no Brasil, quase dobrará de tamanho até 2040, saindo de US$ 13 bilhões/ano para US$ 24,9 bilhões/ano. “Até lá teremos cerca de 11 milhões de veículos elétricos na frota circulante do País, algo em torno de 20% da frota total”, disse Felipe Pava, sócio da consultoria que apresentou o estudo. “Esta mudança trará impactos relevantes no segmento.” [Com reportagens de André Barros, Caio Bednarski, Pedro Kutney e Soraia Abreu Pedrozo]

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