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24 C onhecida nomeio automotivo pela paten - te do CTE® (Compósitos Termo Estrutu - rais), que substitui polímeros usados na confecção de peças internas, a Formtap Indústria foi fundada nos anos 30, bem antes da instalação da indústria automobilística brasileira. À época, a companhia usava fibras na - turais para confecção de produtos domésticos com sisal e fibras de coco. No final dos anos 50, redirecionou seu line- up a fim de abastecer as linhas de montagem dos primeiros carros produzidos no Brasil, como o VW Fusca e o Toyota Bandeirante. Desde o seu funda - dor, Fausto Raphael Trambusti, a Formtap nasceu com a preocupação de utilizar recursos renováveis, caso do sisal e de fibras naturais, em um período que ninguém se atentava para sustentabilidade. “Não faço por mim, mas pelas próximas gerações”, afirmava. E fez mesmo. Enquanto o parque brasileiro de autopeças ainda ensaia os primeiros passos em ações de ESG, a mentalidade de vanguarda das gerações fundadoras da Formtap plantou semen - tes que, décadas depois, rendem consequências inovadoras. A empresa continua sendo referência na produção de revestimentos e isoladores termo - acústicos de alta qualidade, mas vai além: é a única que não gera resíduos de produção destinados em aterros sanitários. Quem explica é a gerente de Novos Negócios, Recursos Humanos e Meio Ambiente, Simone Ban - deira. “Desenvolvemos uma tecnologia própria e inovadora, que reaproveita integralmente os resíduos de revestimento de tetos, um dos nossos principais produtos, sendo utilizado emnovas peças automoti - vas demelhor desempenho quando comparadas às similares – como peso, resistência e competitividade comercial. Por ano, a Formtap reaproveita 3.000 toneladas anuais desses resíduos e evita que sejam devolvidos à natureza”, explica, orgulhosa. A executiva explica que os resíduos de carpe - tes sempre foram reciclados e transformados em ESG POR VOCAÇÃO Muito antes de se tornar uma tendência, a Formtap já desenvolvia ações inovadoras de ESG, fruto de um trabalho visionário de seu fundador, que não se conformava em desperdiçar recursos naturais e matérias-primas. Agora a companhia começa a colher os frutos

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