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» EDITORIAL AutoData | Abril 2023 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Brarros, Caio Bednarski, Hairton Ponciano Voz, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Foto Nomad_Soul/Shutterstock Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor Setor volta ao discurso presidencial O setor automotivo voltou com força ao discurso presidencial na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Nenhuma surpresa, pois ele mesmo, um ex-metalúrgico e líder sindical atuante no berço desta indústria, frequenta a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC como se sua segunda casa fosse. Conhece bem, portanto, as dores e sabores de quem trabalha no chão-de-fábrica. Assim, sempre agiu e foi tratado como aliado dos fabricantes de veículos e autopeças. Emcafé damanhã com jornalistas na primeira semana deste abril Lula dedicou recorte importante de suas falas sobre o setor. Ele lembrou aos convivas ao redor damesona de reunião no Planalto que foi nos seus dois mandatos, de 2002 a 2010, que a indústria automotiva saiu de uma crise para saltar para omelhor desempenho de sua história no País, ao alcançar o topo do recorde jamais batido de 3,8milhões de veículos vendidos, em 2012. Passados dez anos as fábricas estão novamentemetidas no buraco da ociosidade, e voltam a precisar da ajuda do chefe do governo. Lula disse: “Aexpectativa que se tinha era que a gente estivesse agora em 2023 matriculando 6 milhões de veículos. Mas hoje estamos licen- ciando nem metade [do recorde de 2012]. A indústria automobilística parou de vender porque o povo parou de comprar. Não existe mais carro popular. O povo pobre comprava para pagar em trinta meses, quarenta meses, cinquenta meses, chegamos a financiar em sessenta meses”. E diagnosticou: “Então tem um problema. E o governo, as empresas e os sindicatos estão sendo chamados para resolver”. Dizendo estar interessado na produção de veículos elétricos no País o presidente deixou claro que incentivos, caso existam, só serão concedidos em troca de ganhos mútuos: “Eu pretendo discutir com a Anfavea, com muita seriedade, e com dirigentes sindicais, qual é o futuro da indústria automobilística no Brasil. Temque ser um jogo combinado. Se você vai dar um benefício para o empresário, é preciso saber o que o trabalhador vai ganhar, porque não tem sentido você negociar só para um lado ganhar”. Ao que tudo indica medidas serão tomadas em favor da volta do crescimento da indústria automotiva no Brasil. Resta esperar para saber se e como o discurso será transformado em ações.

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