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49 AutoData | Abril 2023 que impõem cara de SUV até para carros que não são classificados como tal. Come - çou com o Renault Kwid anunciado como SUVdos compactos. Recentemente o novo Citroën C3 foi lançado como hatch com identidade SUV, enquanto a Volkswagen, para substituir o Gol, lançou o Polo Track com altura livre do solo 1 centímetromaior do que as outras versões do Polo, alémde definir retoques de design para conferir aparência mais robusta ao seu novo mo- delo de entrada – ou fazê-lomais parecido com um SUV, ainda que não tenha usado exatamente esta palavra. A mesma motivação por aproveitar a oportunidade de mercado, nos últimos anos, provocou a multiplicação de SUVs projetados para o mercado brasileiro e construídos sobre umamesma plataforma, que originalmente era base de hatches e sedãs. AVolkswagen, por exemplo, sobre sua MQB fez nascer, no Brasil e na Argen- tina, três SUVs em três anos: pela ordem T-Cross, Nivus e Taos. Já a antiga FCA, atual Stellantis, projetou sobre a mesma base os Fiat Pulse e Fastback, lançados respectivamente em 2021 e 2022. AVANÇO RÁPIDO Levantamento da Jato mostra que, até 2019, antes da pandemia, a categoria dos hatches e sedãs pequenos permanecia praticamente estável no patamar de 51% dos emplacamentos, enquanto os SUVs vinham subindo de forma moderada, mas, com21,8%, ainda representavammenos da metade do volume dos carros de entrada. No entanto, em 2020, primeiro ano da pandemia, enquanto a participação dos pequenos declinou para 45,8% os SUVs 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023* 49,9 34,4 39,4 15,7 9,5 7,0 0,0 37,5 27,8 13,4 9,8 7,5 0,0 23,4 7,1 10 % 20 % 30 % 40 % 50 % 6,7 4,8 1,9 Uma década de evolução das preferências Participação nas vendas das principais carrocerias no mercado brasileiro (em %) * 2023 acumulado janeiro e fevereiro Hatchback | Sedã | SUV | Picape pequena | Picape média / grande | Perua Fonte: Jato Dynamics

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