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42 Março 2023 | AutoData INDÚSTRIA » HISTÓRIA Com apenas estes dois modelos em linha nos seus primeiros dez anos a fábrica em São Bernardo multiplicou por trinta a área construída, o quadro de empregados cresceu vinte vezes e a produção diária aumentou quase cemvezes, chegando a 492 unidades/dia, com índice de naciona- lização de 99,8%, o que reduziu os preços e tornou os produtos mais acessíveis. Em uma década a rede de revendas e de oficinas autorizadas somou 641 con - cessionárias, ainda hoje um número não atingido por nenhum outro fabricante no País – a própria Volkswagen tem hoje 478 casas. Possobom observa que a fabrican- te, desde os seus primeiros anos aqui, “sempre acreditou no forte potencial do mercado brasileiro e da região, e o rápido sucesso de vendas incentivou a empre- sa a construir uma fábrica que não se limitaria à montagem de veículos, mas também uma base de exportação para toda a América do Sul”. CULTURA NACIONAL Com expansão acelerada já em 1961 a Volkswagen tomou da Willys a liderança de vendas de veículos no País e ali ficou imbatível até os anos 1990, com índices de participação de mercado que ultra- passavam 50% por quase três décadas, chegando a incríveis 56% em 1974, quando registrou produção de 343 mil veículos, quase o triplo da segunda colocada na- quele ano, a Ford. A posição de líder só foi perdida pela primeira vez para a Fiat em 1993 e, depois, nos anos 2000. Tamanho domínio demercado pormais de três décadas transformou a Volkswa- gen em um elemento da cultura nacional. Quarto modelo nacional com espaço para bagagens na frente e atrás: somente em 1969 a perua Variant se juntou ao Fusca, Kombi e 1600. Multiplicação de produtos nos anos 1970: Kombi, Fusca, Variant, TL, SP-2, Brasília, Passat e Karmann-Ghia.

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