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25 AutoData | Março 2023 fabricantes instalados aqui, onde mantêm investimentos bilionários em produtos, tecnologias e processos industriais. Desde que iniciou a produção nacional de caminhões, e à medida que avançou emvolumes produzidos, a indústria já pas- sou por muitos altos e baixos, mas superou todos os diversos desafios tecnológicos e econômicos que teve pela frente, incluin- do aí o aperto nos últimos anos da legis- lação brasileira de redução de emissões. Que, se por um lado provocou queda nas vendas a cada nova fase – como acontece atualmente com a transição do Proconve P7/Euro 5 para o P8/Euro 8 iniciado este ano –, ao mesmo tempo trouxe saltos tecnológicos relevantes de eficiência e economia aos novos caminhões, hojemais em linha com o mundo desenvolvido que acontece com os automóveis. Segundo o estudo mais recente da Fundação DomCabral 75% de toda a eco- nomia brasileira é escoada no lombo dos cerca de 2,2 milhões de caminhões que circulam pelo País, conforme aponta o Relatório de Frota Circulante do Sindipeças publicado em 2022. RELEVÂNCIA GLOBAL Comesta tamanha importância domo- dal rodoviário de cargas o País frequenta sempre as posições mais altas do ranking dos maiores fabricantes de caminhões: foi o sexto em 2021, com 4% da produ- ção mundial, atrás, pela ordem, de China, Japão, Estados Unidos, Índia e México, segundo consolidação mais recente da Oica, organização internacional que reúne os fabricantes do mundo todo. Comesta bemcolocada posição global os negócios ganharam extrema relevân - cia para as montadoras europeias que mantêm fábricas por aqui. De seis gran- des fabricantes o País é o maior mercado para duas delas – Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus – e o segundo maior para outras duas, como é o caso da Volvo, para a qual a operação brasileira só per - de em volume para os Estados Unidos, e para a Mercedes-Benz, a mais longeva fabricante de caminhões em atividade Divulgação/VW por aqui: o Brasil só perde para sua sede na Alemanha. A Iveco não divulga qual é a posição do Brasil, mas revela a América Latina, onde o mercado brasileiro é o número 1, representa 15% de suas vendas mundiais, o maior volume fora da Europa. Já a novata DAF, fabricante holandesa que pertence ao grupo estadunidense Paccar, inaugurou sua primeira operação industrial no Brasil há dez anos e ainda não tem a mesma penetração das concorren- tes, mas escolheu o País justamente por causa da força de seu mercado de cami- nhões, onde suas vendas vem crescendo vigorosamente ano a ano. Para seguir fortes nomercado brasileiro – e por consequência no mundo – todas estas fabricantes têm ciclos de investi- mentos bilionários planejados que somam perto de R$ 7 bilhões nos quatro anos à frente até 2026, assimconseguem introdu- zir tecnologias empassos mais acelerados. RUMO AOS 10 MILHÕES O volume acumulado de 5 milhões de caminhões produzidos no Brasil é o con- tabilizado desde 1957, quando a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, passou a monitorar o desempenho das empresas associadas. Na época alguns fabricantes – atuais e que não existemmais – como FNM, Ford e GM já montavam veículos de carga no País,
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