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21 AutoData | Março 2023 Suécia, em 1993, e foram nacionalizados cinco anos depois com a localização da maioria dos processos industriais ne- cessários para produzi-los em Curitiba. Depois de 25 anos de operação a fábrica de cabines no Paraná já montou 368 mil unidades, com pico recorde de 32 mil só em 2022. A ampliação do parque fabril de Curiti- ba, iniciada em 1997, provocou mudanças significativas nos negócios e na arquitetu - ra industrial da Volvo no País. Foi a partir daqueles investimentos, sucedidos por vários outros nos anos seguintes, que a operação brasileira ganhou capacidade de produzir caminhões tecnologicamente mais avançados, os mesmos disponíveis nos mercados mundiais mais exigentes da Europa. CyroMartins, vice-presidente de opera- ções industriais para aAmérica Latina, des- taca que a linha de cabines foi um ponto de inflexão na história da Volvo, pois após o investimento a empresa ampliou seus negócios em toda a região com novos veículos e tecnologias mais avançadas: “Há 25 anos a produção de cabines no Brasil era um sonho. Foi nosso ingresso numa nova era de caminhões, que representava uma ousada revolução tecnológica”. PROCESSOS MODERNOS Hoje a linha de Curitiba é responsável pela solda e pintura das cabines, com dezenas de variações, usadas pelos ca- minhões FH, FM, FMX, VM e VMX fabri- cados no mesmo complexo industrial. A área também produz peças de reposição, de conjuntos completos a componentes específicos. Aunidade trabalha emdois turnos, com 515 funcionários dedicados, e segue sendo uma das mais modernas do grupo sueco nomundo: é a mais automatizada do com- plexo da Volvo em Curitiba, nasceu com doze robôs e atualmente tem 85, além de agregar processos de manufatura digital da Indústria 4.0 com diversos dispositivos autônomos. Após o investimento inicial a fábrica de cabines já foi contemplada com diversos Fotos: Divulgação/Volvo aportes, como em 2003, ano emque agre- gou à produção as cabines dos caminhões VM semipesados, e depois em 2013, com a automatização da área de pintura. Atualmente está em curso um novo ciclo de investimentos, de R$ 1,5 bilhão no período 2022-2025 – após R$ 1 bilhão apli- cados de 2020 a 2021. Segundo a empresa os recursos serão direcionados, principal- mente, para pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, mas uma parte seguirá sendo aplicada no aprimoramento de processos de fábrica, incluindo a pro- dução de cabines. Exemplo dessa evolução constante é a pintura de elementos plásticos na uni- dade, com soluções criadas localmente que são aproveitadas por outras fábricas da Volvo no mundo, como o painel frontal dos novos caminhões Euro 6, que têm partes plásticas e metálicas pintadas em igual tonalidade. Apesar da capacidade de entregar ca- bines com até cem cores diferentes, de tonalidades sólidas a metálicas, em 2022 70% das unidades produzidas foram pin- tadas de branco, a preferência majoritária do mercado transportador brasileiro.

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