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12 FROM THE TOP » EVANDRO GUSSI, UNICA Março 2023 | AutoData com álcool emmuitos estados. O que a Unica sugere para mudar este quadro? Uma maneira é via educação [mostrar como o etanol é melhor ao meio am- biente]: estamos fazendo isto na Unica e a imprensa tem papel fundamental, mas existe o limite da necessidade eco- nômica das pessoas. O modelo mais eficiente é estabelecer diferença de impostos [a maior] para o combustível fóssil, que traz efeitos indesejáveis ao meio ambiente, ao mesmo em que se favorece o biocombustível com tributa- ção menor. E garantir competitividade aos biocombustíveis já é lei no País: o Congresso aprovou, no ano passado, emenda à Constituição que estabelece diferencial competitivo ao biocombus- tível com relação ao equivalente fóssil. O que pode substituir o mecanismo tributário com até mais eficiência é o nascente mercado de carbono, que co- meçou a aferir a redução de emissões proporcionada pelos biocombustíveis e a precifica o valor disto [com a venda de créditos a empresas para compensar suas emissões de CO2]. Estou falando de uma solução para o presente, o di- ferencial tributário, e outra do futuro, o mercado de carbono, mas há outra do passado, que é o subsídio. Muitos países ainda precisam subsidiar a energia limpa, enquanto o Brasil já conseguiu deixar para trás este tipo de política. O RenovaBio, programa criado em 2016 para estimular a produção e o usode bio- combustíveis, também criou os CBIOS, créditos de carbono emitidos por usinas quepodemser comprados por empresas para compensar emissões de CO2. Este mecanismo está funcionando? “ Não dá para ficar discutindo ‘vai ser isto ou aquilo’, estamos no mundo do ‘isto e aquilo’. O carro elétrico não é um inimigo do etanol, é complementar. O que não podemos é desprezar uma rota tecnológica desenvolvida e com entregas realizadas.” futuro fantástico para o biocombustível, que contribui muito com o Brasil e tam- bém será fundamental para a América Latina, África e parte relevante da Ásia: estamos falando de algo em torno de 3 bilhões de pessoas que precisarão de uma solução que, primeiro, traga redu- ção efetiva de CO2, que, segundo, não demande investimento tão grande em infraestrutura como é o caso da eletri- ficação, e que, terceiro, não precise de subsídios aos veículos. Em fevereiro passado a tecnologia flex fuel completou 20 anos no mercado e já foram vendidos 40 milhões de veí- culos bicombustível no País. Apesar de mais de 80% dos carros, aqui, poderem rodar comqualquer umde dois combus- tíveis menos de 30% deles usa o etanol, porque o preço do biocombustível não compensa. Recentemente o governo retomou a tributação do PIS/Pasep so- bre a gasolina e manteve quase zerado o imposto do etanol, e mesmo assim continua não valendo a pena abastecer

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