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14 FROM THE TOP » MARCUS VINÍCIUS AGUIAR, AEA Fevereiro 2023 | AutoData “ O Brasil tem pluralidade de combustíveis que o mundo não tem. A AEA continuará a apoiar o desenvolvimento para este tipo de matriz energética, com uso de etanol. Nós temos esta qualificação e podemos exportar esta tecnologia.” Enfim tratamos de todos os temas que envolvem a cadeia automotiva. Qual sua visão sobre o futuro da en - genharia automotiva brasileira? Qual a nossa especialidade? O Brasil tem uma pluralidade de com- bustíveis que o mundo não tem. A AEA continuará a apoiar o desenvolvimento para este tipo de matriz energética, com uso de etanol e etanol de segunda gera- ção, temos tambémvárias matérias-pri- mas para o biodiesel, tem o HVO [óleo vegetal hidrogenado] que tambémpode ser agregado ao diesel até substituir o biodiesel. Para isto existem uma série de itens em que o Brasil tem expertise emdesenvolver, seja para componentes ou powertrain. O País já está envolvido em fornecer engenharia para uso de biocombustíveis emoutros países, como é o caso recente da Índia [que quer ado- tar a tecnologia bicombustível flex fuel]. Até a Inglaterra mostra interesse em au- mentar a mistura de etanol na gasolina, os Estados Unidos tem o E85 [etanol com 15% de gasolina], recentemente o chanceler da Alemanha esteve aqui e discorreu sobre o uso e aporte financeiro para aumentar o uso de biocombustíveis. Nós temos esta qualificação e podemos exportar esta tecnologia. Fala-se muito na eletrificação dos veí - culos produzidos no Brasil e a maioria das apostas converge para a adoção de sistemas híbridos leves, de 48 V, com motorização flex. Esta é, de fato, a me - lhor alternativa para reduzir emissões da frota do País? Não necessariamente: esta é só uma das vias para melhorar as emissões. Não

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