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82 Dezembro 2022 | AutoData EVENTO » BRASIL ELÉTRICO + ESG preciso pensar também como manter esses profissionais incluídos socialmente. “A Idade da Pedra não terminou por falta de pedra. Encontramos outras tec - nologias e começamos a aprender outras habilidades para mover a história da hu- manidade para a frente. E estamos em um momento desses.” OPORTUNIDADES Fornecedores enxergam duas opor- tunidades para o mercado brasileiro, que também preservariam e criariam novos empregos: tornar-se polo de exportação para peças e componentes de veículos a combustão e, também, elétricos. No ponto da combustão o pensamento é de que muitos mercados seguirão por muito tempo utilizando essas tecnologias, pois suas populações não têmpoder aqui- sitivo para uma transição direta para os elétricos – ao menos não por enquanto. Assim o Brasil, que tem conhecimento e qualidade, poderia ser base de forneci- mento global. Outro argumento válido para alongar a vida dos motores a combustão por aqui é o etanol, pois o biocombustível é uma solução tão ou mais limpa que a eletrifi - cação, dependendo da forma de medir as emissões. “Teremos muitos mercados ainda usan- do motores a combustão interna”, afirmou César Alarcon, presidente da Pirelli. “No Hemisfério Sul o Brasil pode liderar esse fornecimento.” Gílson Piovesan, gerente comercial de e-mobility daWEG, empresa nacional que produz motores elétricos, levantou a possibilidade de, também, criar este polo de componentes elétricos: “Temos a pos- sibilidade de criar uma cadeia de subfor- necedores no Brasil para que a indústria não faça apenas a montagem final, como hoje, mas passe a fornecer mais compo- nentes. Temos lítio, temos ímãs de terras raras, podemos fazer essa mineração e industrializar estes metais para a indústria local e exportação”. MONTADORAS Representantes de três montadoras trouxeramvisões distintas de seus planos para a eletrificação. No caso da General Motors não há alternativa: o caminho é o 100% elétrico.

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