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59 AutoData | Dezembro 2022 desconfianças quanto à real contribuição que essas empresas trouxeram ao desen - volvimento nacional. No caso do mais novo polo automotivo regional, em Pernambuco, devidamente estimulado por benefícios tributários fede - rais e estaduais, os livros abertos mostram que a renúncia fiscal garantiu, de fato, a rá - pida aceleração do PIB industrial do Estado e, o que é mais relevante, acompanhada de importante evolução social. Puxado pela Fiat – FCA a partir de 2014 e Grupo Stellantis desde 2021 – que em 2011 decidiu instalar complexo industrial em Goiana, PE, com investimentos de R$ 11,2 bilhões emais de R$ 1 bilhão vindos de fornecedores que se instalaramna mesma fábrica, o setor automotivo decolou para voos altos em Pernambuco, que já conta com cinquenta empresas fornecedoras de peças, sistemas e serviços. O professor e economista Jorge Jatobá, especialista em políticas públicas e diretor da consultoria Ceplan, foi um dos coor - denadores de recente estudo a respeito Divulgação/Moura dos impactos da Stellantis e seus forne - cedores na economia de Pernambuco. Ele afirma que o empreendimento atingiu os resultados esperados muito antes do esperado: “Em apenas três anos a fábrica de Goiana atingiu capacidade máxima de mais de 240 mil carros ano e atraiu uma base de fornecedores importante, é um sucesso raro de acontecer em tão pouco tempo em um local que não tinha tradição industrial automotiva”. Nos seis primeiros anos de operação da fábrica Jeep, inaugurada em abril de 2015, foram produzidos mais de 1 milhão de SUVs Renegade, Compass e Commander, além da picape Fiat Toro – todos modelos na faixa de alto valor agregado – e 123 mil deles foram exportados, o equivalente a pouco mais de 10% da produção e da exportação de veículos do País no período. Operando no topo da capacidade com 14,7 mil empregados diretos, trabalhando em três turnos desdemarço de 2018, mon - tando 48 carros por hora e, emmédia, 1 mil por dia, a fábrica de Goiana deve produzir

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