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» EDITORIAL AutoData | Dezembro 2022 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Fábio Arantes (fotos), Lúcia Camargo Nunes, Soraia Abreu Pedrozo, Pedro Damian, Ricardo Rollo (fotos) Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Fotos Ricardo Rollo Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 434, bloco 5, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor Nem tão ruim, nem tão bom N o apagar das luzes de 2022 fica a sensação dúbia: não foi tão ruim quanto se esperava, nem foi tão bom quanto poderia ser. Na eco- nomia o crescimento projetado do PIB este ano, na casa de 3%, é bem melhor do que o 0,5% esperado em janeiro passado. Dizem os economistas que o ano foi salvo pela valorização das commodities, principalmente as agrícolas, e medidas de estímulo ao consumo e à complementação de renda, fatores que não estão mais no horizonte de 2023, quando o País deverá enfrentar ventos contrários da provável recessão global e mercado interno deprimido por juros altos, renda baixa, crédito caro e restrito, famílias endividadas e inadimplência em ascensão. Ou seja: a expansão deste ano não foi suficiente para compensar o fraco desempenho de anos anteriores, muito menos para reduzir os índices de pobreza do País, e nos próximo doze meses não se espera nada melhor. Na gestão o Brasil colhe os frutos da obscuridade política que domi- nou o cenário nos últimos quatro anos, que transformou o País em pária internacional domeio ambiente, das relações internacionais e da tragédia da covid-19 que ceifou quase 700 mil vidas. Ao menos as eleições de outubro apontaram para o fim do descalabro socioeconômico, elegendo gente mais civilizada para o Executivo, com esperança de a partir de 1º de janeiro recuperar, ao menos em parte, tudo que foi perdido. Para o setor automotivo 2022 foi mais um ano de estagnação, preju- dicado pela falta de microchips que fez o mercado recuar no primeiro trimestre para níveis de vinte anos atrás. Ainda assim as vendas do- mésticas fecham no patamar de 2 milhões de unidades, quase igual a 2021, o que é um milagre levando-se em consideração a renda média do brasileiro e o tíquete médio de um carro vendido no Brasil hoje: R$ 140 mil. Vendeu-se menos por muito mais e assim só perdeu dinheiro quem não tinha produtos caros para vender. Para 2023 o grande desafio será negociar políticas para recuperar os volumes do mercado brasileiro, o que só poderá ser feito pela parte de baixo, pois os ricos já compraram todos os carros que podiam até agora.

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