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PRODUZIDO POR 43 Os resíduos oriundos das linhas de produção de montadoras, autopeças e diversos outros seg - mentos demanufatura, precisa ser tratada de forma adequada. E isso, mais do que se imagina, envolve alta tecnologia nos processos, na seleção dos mais variados resíduos e na destinação documentada de cada quilograma de material reciclado. Por permitir a reciclagem, o aço e o ferro po - dem (e devem) ser reutilizados. Devem, e muito, ressalte-se. Cálculos da EPA (Environmental Protect Agency), a agência ambiental norte-americana, dão conta que a reciclagem de uma tonelada de aço gera a economia de 1.115 kg de minério de ferro, 625 kg de carvão e 53 kg de calcário. Cada tonelada de aço obtida por fornos elétricos nas siderúrgicas, que utiliza as sucatas, consome 1.700 kWh a menos do que em altos-fornos. Mas antes de chegar ao destino e ganhar nova utilização pela sociedade sob a forma de uma nova “peça”, os conteúdos reciclados iniciam um lon - go caminho que se inicia lá atrás, nas linhas de montagem das manufaturas. Na opinião de Márcio Trujillo, CEO da Trufer Comércio de Sucatas, gigante do setor que atua há 60 anos como parceira da indústria automotiva, as empresas de recolhimento e reciclagem de sucatas funcionam como um elo importantíssimo da cadeia produtiva de qualquer empresa. “Somos especialistas em just in time. Se eu deixar de coletar a sucata na ponta de uma linha de montagem de qualquer fabricante por algumas horas, a produção para. Simples assim. Há monta - doras em que chegamos a resgatar dez caçambas de sucata por dia”, explica, ressaltando que cada caçamba acondiciona dez toneladas de resíduos. “No total, a Trufer possui cerca de 3 mil caçambas”. A empresa recicla dezenas de milhares de toneladas de materiais mensalmente, com rigoroso controle de qualidade. Essa sucata toda é recolhida dos “fornece - dores” pela frota de 150 veículos da Trufer e di - recionada a um dos sete pontos de reciclagem da

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