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16 Dezembro 2022 | AutoData Problemas superados e toda força à nacionalização Qual grande desafio o senhor relembra de ter enfrentado na empresa quando a pandemia ainda matava centenas de pessoas por diamas todos já estavamde volta ao trabalho? O primeiro desafio foi como enfrentar o pessoal que não queria tomar vacina. En - tendemos que as pessoas têm o direito de escolher o que fazer, mas também devemos ponderar como as decisões individuais podem afetar os outros. Não demitimos ninguémpor causa distomas começamos a exigir testes destas pes - soas a cada três dias para que entrassem no local de trabalho. Hoje avalio que isto, talvez, foi uma pressão exagerada, mas naquele momento, com todos os óbitos, era o mais acertado a fazer. Com o tempo conseguimos convencermuitos a se imunizar. Hoje temos apenas nove pessoas que não tomaram vacina no meio de 6 mil funcionários, mas eram cinquenta. Conversamos com todos e superamos o problema. AZFnos últimos anos vemnacionalizan- do a produção de novos sistemas, como a transmissão automatizadaTraXon, dire- ção elétrica, centrais de processamento e freiode estacionamento elétrico. Como foi possível contornar a falta de compo- nentes e manter os lançamentos? Entrevista a Pedro Kutney FROM THE TOP » CARLOS DELICH, ZF O senhor foi eleito Executivo do Ano de empresa fornecedora de componentes no PrêmioAutoData 2022. Como recebeu esta premiação? Fiquei surpreso e agradecido, porque na ZF não trabalhamos para ganhar prêmios individuais, nunca investimos em relações públicas para promover um nome mas, sim, para promover a empresa e seus resultados. Para nós este prêmiomostra que o trabalho que a ZF está fazendo no Brasil está dando resultados. Osenhor ocupavaposiçãona empresa na Alemanha e chegou à presidência da ZF América do Sul no início de 2019, umano antes do início da pandemia aqui. Como foram estes últimos anos no Brasil? Emqualquer parte domundo teriamsido momentosmuito demandantes. Aqui não foi diferente. Tínhamos reuniões todos os dias, ouvimos todos e tomamos algumas decisões que, hoje, podem ser conside- radas demasiadamente conservadoras, mas tudo foi em comum acordo. No fim acho que fizemos um trabalho bem feito. Nossos resultados falampor si. Tivemos vários problemas no início da pandemia, contornamos e continuamos a trabalhar, depois veio a falta de microchips e se- guimos trabalhando com clientes e for - necedores para reduzir as perdas. Executivo defende localização agressiva da produção de componentes no Brasil

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