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23 AutoData | Novembro 2022 Neste ano o atendimento às locadoras, especialmente, foi prejudicadopor causa da crise de abastecimento de semicondutores. SegundoGondo a expectativa é que a situ- ação melhore em 2023, embora ele ainda não acredite em uma resolução completa da falta de oferta de alguns componentes. CAMINHÕES EM QUEDA A mudança na legislação de emissões de veículos comerciais pesados, que pas- sará para a fase P8 do Proconve a partir de janeiro próximo, coma adoção demotores Euro 6 mais caros, na visão dos executivos do setor deverá frear o crescimento domer- cado em 2023. Mas como não foi possível ummovimento de antecipação de compras de produtos mais baratos produzidos este ano, semelhante ao ocorrido na passagem do Euro 3 para o Euro 5, de 2011 para 2012, o tombo esperado domercado não deverá ser tão grande. Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz, acredita até em vendas semelhantes às de 2022 se houver um estoque de Euro 5 na transição, nos primeiros meses de 2023: “No nosso caso não teremos em estoquemodelos com a tecnologia antiga. Se fosse possível produzir mais não seria para estocar mas, sim, para comercializar ainda este ano”. Sempre otimista Roberto Cortes, presi- dente daVolkswagenCaminhões eÔnibus, disse enxergar o copomeio cheiopara 2023. Ele elencou uma série de fatores para justi- ficar seu otimismo: redução da taxa de juros, retomada da economia com crescimento do PIB em 2022 e 2023, sequência do bom momento do agronegócio, crescimento maior do que o esperado da construção civil, aumentodos investimentos em infraes- trutura, continuidade do programaCaminho da Escola. “Se dependesse só do PIB omercado já cresceria no ano que vem, mas há outros efeitos para 2023, como a chegada do Euro 6 com novo preço, falta de componentes, a dúvida sobre o fim da guerra na Ucrânia e um possível repique de covid-19 em al- gumas regiões do mundo, o que afetaria a cadeia global de abastecimento.” Christopher Podgorski, presidente da Scania Latin America, focou sua análise à própria fabricante. Sua aposta é que ovolu- me produzido emSãoBernardo doCampo, SP, em 2022, será repetido em 2023. A uni- dade ficará parada por ummês, em janeiro, para adequar as linhas de produção aos às tecnologias Euro 6, que entram em linha a partir de fevereiro. São novos motores, eixos e transmissão, alinhados com o que é oferecido na Europa, e que equiparão os caminhões comercializados no Brasil.

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