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19 AutoData | Novembro 2022 exportar faz parte do nosso negócio e é muito importante. As exportações de motores e componentes também são muitos relevantes na fábrica de São Carlos [SP]. Buscamos novos mercados além da América Latina, estamos en - viando algumas unidades para a África. “ O mercado de menos de 2 milhões de carros, como será este ano, com metade das vendas para empresas, é muito pequeno para um país do tamanho do Brasil: algo está errado, precisa melhorar.” O desempenho poderia ser melhor se não fossem as variações cambiais muito bruscas, um problema do Brasil, que podemdestruir as margens de ganho de um dia para outro: é preciso ter cuidado para não ter prejuízo. Este ano o problema foi a falta de produ- tos: apesar da alta da inflação, dos juros e dos preços existem clientes dispostos a comprar carros. No ano que vem essa equação se inverterá? Faltarão clientes? Acho que já se inverteu, já estão fal- tando clientes e a briga comercial está mais forte. Mas isso não surpreende: com a oferta estabilizada a briga pelos clientes será maior. Por isto estamos tra- balhando fortemente na diferenciação dos produtos e na modernização das concessionárias. Queremos oferecer outra experiência ao cliente nas lojas, desde o café até os serviços. Temos uma marca muito forte e queremos ganhar com essa reputação, porque no preço nem sempre conseguiremos. A companhia continua a acreditar no potencial de crescimento do mercado brasileiro para níveis maiores do que os 2 milhões de veículos por ano? A companhia acredita que o mercado crescerá nos próximos anos e a prova disso são os investimentos que estamos fazendo. Mas é difícil dizer quando pode atingir níveis tão altos como no passado recente, até porque os preços dos carros subirammuito e os volumes dependerão muito do aumento da renda dos brasi- leiros nos próximos anos. De nossa parte temos seis fábricas no Brasil e na Argen - tina, alémdomaior centro de distribuição de peças daAmérica Latina, e queremos aproveitar todo o potencial do mercado com carros para todos os níveis de con- sumidor, do Polo Track a uma Amarok V6 e elétricos. O fato é que o mercado demenos de 2 milhões de carros, como será este ano, com metade das vendas para empresas, é muito pequeno para um país do tamanho do Brasil: algo está errado, precisa melhorar.
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