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18 FROM THE TOP » CIRO POSSOBOM, COO VOLKSWAGEN BRASIL Novembro 2022 | AutoData quais temos parcerias trabalharão no desenvolvimento de todo o ciclo dos veículos. Por isto se chamaWay to Zero. Vamos focar também em materiais re- cicláveis, projetos ligados ao Rota 2030 para aumentar a eficiência energética dos veículos, estudar as emissões por carro, pneus mais eficientes. Não é só o combustível que se coloca no car- ros, mas todo o conceito que envolve o produto. Por falar em Rota 2030: quais as expec- tativas para a próxima fase do programa que começa agora? As exigências estão bemduras para a se- gunda e terceira fases. O ponto é que os carros estãomuitomais caros com todas as tecnologias que precisamadotar para reduzir emissões e aumentar a segurança. Isso está acontecendo emoutros países também, mas nossa preocupação em relação às metas do Rota 2030 é ter uma legislação de emissões mais restritiva até do que a da Europa e dos Estados Unidos, tornando os carros novos ainda mais inacessíveis. As emissões não vêm dos veículos novos, mas da frota anti- ga que está se tornando cada vez mais velha e poluente, que está crescendo porque os zero-quilômetro estão muito caros. Vamos ver como o novo governo vai tratar o assunto para encontrarmos uma equação mais balanceada, sem exageros, para não gerar custos extras que só existirão no Brasil. O custos continuam subindo? Continuam, mas não como quando faltou de tudo. Aço, pneus e plástico subiram muito, acabávamos pagando qualquer preço para não parar a fábrica. Este de- sequilíbrio está passando, mas agora a pressão vem de fora, da inflação da Eu - ropa, dos Estados Unidos e da China, que estão sendo repassadas para os preços e apertando as margens, pois nem tudo se consegue repassar para o consumidor. Essa alta de preços externos estimula a busca por mais nacionalização? “ Não tivemos carros elétricos para trazer porque estão faltando para entregas na Europa. Precisamos esperar um pouco mais para começar a vender aqui, mas eles virão em breve.” Temos uma grande e variada lista de peças que queremos nacionalizar. Vai de farol a radiador, mas é um processo longo e nem sempre temos todos os fornecedores aqui capazes de fazer o que precisamos. Mesmo para itens que não temos aqui, como é o caso de semicon- dutores, nossa engenharia local busca alternativas, está redesenhando circuitos para poder usar chips que tenhammaior disponibilidade. Nesse cenário de preços altos as assina- turasdeveículosganhammaisdestaque? Ganham sim. Nós criamos o programa VW Sign & Drive, ainda não é muito re- presentativo nos nossos volumes, mas os clientes estão interessados e só não vendemos mais por causa de falta de disponibilidade de carros. Mas este é um mercado que só vai crescer no Brasil e em 2023 temos planos para aproveitar isto: devemos ampliar ovolume de carros disponíveis para assinatura. Ficarámelhor também se a taxa de juro cair, porque a assinatura é como umfinanciamento sem entrada e o custo do capital afeta o preço dasmensalidades, que poderão sermais baixas se o custo financeiro for menor. As exportações continuama representar cerca de 20% da produção da Volkswa- gen no Brasil? O porcentual é aproximadamente este, pode ter caído um pouco por causa de restrições às importações na Argenti- na. Mas a Volkswagen continua sendo uma das maiores exportadoras do País:

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