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12 FROM THE TOP » CIRO POSSOBOM, COO VOLKSWAGEN BRASIL Novembro 2022 | AutoData do negócio foi ajustado. Temos hoje 13 mil empregados no Brasil e 6 mil na Ar - gentina. Foi umduro trabalho para voltar a ter rentabilidade, mas hoje estamos bem. Apesar de todas as dificuldades, compressões de custos emeses emque tivemos volumes muito baixos de venda, a empresa segue no azul e continuará. Hoje aVolkswagen está emterceiro lugar no pódio das marcas de veículos mais vendidas do País. Existe o plano de recu- perar a segunda posição perdida? Isto não está na agenda. Queremos cres - cer, mas market share não é o nosso ob- jetivo principal, é consequência, e não pode ser a qualquer custo, pois precisa ser rentável. A Volkswagen prometeu quinze lança- mentos até 2025 e quatro já foram: Jetta, novo Polo, Polo Track e Gol Last Edition. Qual será o próximo? Será o esperado híbrido flex? O que posso afirmar é que haverá no - vos carros em 2023, embreve vocês vão saber. Mas não é o híbrido, pois ainda estamos trabalhando neste projeto. Não dá para precisar umprazo de lançamen- to porque existe um longo processo de aprendizagem para fazer um híbrido no Brasil, nós não dominamos totalmente esta tecnologia, a Volkswagen foi direto para os elétricos sempassarmuito pelos híbridos. E para manter nosso negócio viável também não podemos fazer um carro que seja muito mais caro e fora da realidade do brasileiro, porque aí derru- bamos as vendas. “ Foi um duro trabalho para voltar a ter rentabilidade, mas hoje estamos bem. Apesar de todas as dificuldades, com pressões de custos e meses em que tivemos volumes muito baixos de produção e vendas, a empresa segue no azul e continuará. Somos financeiros, mas pró-business, não aqueles clássicos que ficam senta - dos olhando planilhas. Claro que temos [eu e Seitz] este alinhamento forte com finanças, porque o resultado é muito importante para o grupo. Estamos jun- tos para fazer este trabalho, mas sendo bem sincero eu hoje estou muito mais vendedor do que financeiro, porque os resultados já estão mais controlados e agora precisamos colocar aVolkswagen em outra velocidade, principalmente na parte comercial. A operação do negócio já ocupa mais o seu tempo do que a área financeira ainda sob sua supervisão? As funções de COOestão tomandomuito mais tempo, até porque tenho diretores financeiros independentes no Brasil e na Argentina, que tocamesta parte emcada país, eu só dou as diretrizes e me con- centro mais na operação aqui. A ideia é indicar outra pessoa para assumir a vice- -presidência de finanças e embreve isso acontecerá. Há cerca de dois anos a Volkswagen ini- ciou uma reestruturação no Brasil: abriu plano de demissão voluntária, reduziu o quadrode funcionários, promoveu cortes de custos. Este plano está concluído? Sim, todas as fábricas voltarama trabalhar em dois turnos e o ponto de equilíbrio “ Queremos crescer mas market share não é o nosso objetivo principal, é consequência, e não pode ser a qualquer custo, pois precisa ser rentável.”