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10 FROM THE TOP » CIRO POSSOBOM, COO VOLKSWAGEN BRASIL Novembro 2022 | AutoData À frente das planilhas o financeiro pró-negócios H á três anos e meio o admi- nistrador Ciro Possobom aceitou o convite para ser vice-presidente de finan- ças da Volkswagen na América do Sul e Central, após cerca de vinte anos de carreira naAliança Renault- -Nissan, sempre ocupando cargos financeiros no Brasil, na França e no Japão. Este ano ele acumulou nova função: COO da empresa no Brasil, para cuidar de todas as questões operacionais do negócio. O executivo diz que hoje é “muito mais vendedor do que fi - nanceiro, porque os resultados já estão mais controlados e agora precisamos colocar a Volkswa- gen em outra velocidade, prin- cipalmente na parte comercial”. A companhia logo escolherá um novo responsável pelas finanças na região, deixando Possobom mais livre para ser o COO. Aconversão não assusta e Pos- sobomparece à vontade comsuas funções: “Vim com a missão im- portante de recolocar a companhia novamente no rumo dos resultados positivos, o que conseguimos fazer. Mas não sou um financeiro da con - troladoria que fica sentado atrás de planilhas: gosto de me meter em tudo, entrar em todas as áreas, na qualidade, engenharia, vendas. Sou uma pessoa pró-negócios”. Em seu escritório na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, Pos - sobom concedeu esta entrevista exclusiva, a primeira desde que assumiu a nova posição. Ele falou sobre o plano de crescimento da Volkswagen no Brasil, que prevê quinze lançamentos até 2025, in- cluindo elétricos e híbridos flex, mas não esqueceu de seu lado financeiro: “Queremos crescer, mas market share não é o nosso ob- jetivo principal, é consequência, e não pode ser a qualquer custo, pois precisa ser rentável”. Historicamente a Volkswagen tinha um presidente noBrasil indicadopelamatriz, que de 2016 para cá acumulou a função de CEO da região SAM, South America Markets. Este ano, em janeiro, estas duas funções foramseparadas: o responsável pela região tornou-sechairmanexecutivo e ao mesmo tempo criou-se o cargo de COO, chefe de operações para o Brasil, para oqual o senhor foi destacado. Como se dividem estas duas funções? Eu cuido de toda a operação no Brasil e ainda acumulo a função de vice-pre- sidente de finanças América Latina [ex - ceto México]. Já a função do [chairman executivo] Alexander Seitz [que chegou em 1º outubro para substituir Pablo Di Si] é mais estratégica, olha mais para o plano futuro da companhia. Ele tem a grande vantagem de ser ex-membro do board da Volkswagen e assim tem todas as conexões na companhia. Eu cheguei há três anos e meio, teve a pandemia no meio, então não tenho tanta entra- da na matriz, as pessoas ainda não me conhecem tanto. Já o Seitz vem com esta conexão e vai ajudar a construir essa ponte. Alexander Seitz era o chefe financeiro global da Volkswagen, também já foi diretor de compras no Brasil, de 2008 a 2013. Já o senhor ainda é o chefe fi - nanceiro da empresa na região e traz esta bagagem de outras posições. O que se pode esperar dessa conjunção de mentes financeiras em dois cargos executivos no Brasil? Entrevista a Pedro Kutney e Soraia Abreu Pedrozo

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