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87 AutoData | Outubro 2022 ta que veículos Euro 5 não estarão mais disponíveis. Os novos caminhões commotorização Euro 6 DAF terão alta em torno de 10%, um aumento puxado, principalmente, pelo sistema de pós-tratamento SCR dos gases de escapamento, porque todo o resto do motor já estava preparado para a mudança. A companhia espera um primeiro tri- mestre mais fraco, por causa da mudança de motorização que deixará os caminhões mais caros e, à medida que os clientes aceitarem a novidade, o mercado deverá apresentar números melhores. MENOS ENCRENCAS As taxas de juros, consideradas altas pelo executivo, também são um entrave para o crescimento das vendas em 2023, em cenário que só começará a melhorar a partir do segundo semestre. Sobre a falta de componentes para produzir e atender aos pedidos no ano que vemWalters disse que isso não é uma preocupação para o primeiro trimestre de 2023, porque percebeu normalização no abastecimento de peças. Em conversas com seus fornecedores nacionais e inter- nacionais a DAF já garantiu os volumes que precisará para o começo do ano que vem. “A logística global também mudou e está melhorando. Antes era normal um “ Conseguiremos crescer mais uma vez, com alta de 15% a 20% na produção, dedicando dois terços do volume total para o mercado interno e um terço para exportações.” Lance Walters, presidente navio chegar atrasado e agora o cenário não é mais esse: os navios estão che- gando no prazo combinado, facilitando alguns pontos como a necessidade de todo dia ficar controlando o estoque de perto. Claro que se a China parar por al- gumas semanas novamente, o que acho que não acontecerá, toda a cadeia será impactada.” Sobre lançamentos de caminhões eletrificados ou com motorização a gás para 2023 o executivo pensa que este ainda não é o momento de trazer essas tecnologias ao País, mesmo já desenvol- vidas pelo Grupo Paccar, dono da DAF, em outras regiões. Algumas dessas novidades poderão estar na Fenatran, de 7 a 11 de novembro no SP Expo, mas apenas para mostrar ao público: “Não achamos que é o momento ideal para esses lançamentos, mas fiquei feliz porque comecei a escutar algumas conversas dos governos federal e estadual sobre possíveis incentivos e, com isso, esse segmento deverá andar melhor”. As exportações, que para a DAF no Brasil começaram em 2022, enviando caminhões para Colômbia e Chile, de- verão dobrar ou até triplicar de volume no ano que vem, ante as quatrocentas unidades embarcadas este ano, número ainda considerando pequeno porWalters mas que já representará um terço do total produzido aqui. Para atingir essa expansão de vendas externas a expectativa é de conquistar novos mercados: “Queremos avançar para Equador e Peru em 2023, essa é a proje- ção, porque já temos rede de concessio- nárias nestes países. Não pretendemos exportar para locais onde não temos o apoio de nossos concessionários”. Com relação ao PIB para o ano que vem a projeção é de crescimento abai- xo de 1% na comparação com 2022, que deverá encerrar com expansão de 2% a 2,5%. A definição da taxa de câmbio para o ano que vem também é considerado um fator importante, definindo parte dos impactos nos custos para 2023.

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