393-2022-10

78 Outubro 2022 | AutoData que até o fim do ano a Toyota produza 210 mil veículos no Brasil: “E teremos um resultado importante nas exportações, comquase 75 mil unidades, o que significa mais ou menos 35% de nossa produção”. Para apoiar este resultado a Toyota iniciou o terceiro turno na fábrica de So- rocaba, SP, para atender à demanda do Corolla Cross tanto no mercado interno quanto nos externos. São 22 países e boa aceitação na Argentina, na Colômbia, no Peru e América Central, segundo o exe- cutivo. Recentemente a Toyota também deu início à exportação de motores feitos em Porto Feliz para a América do Norte: “Mais do que números essas exportações representam o fortalecimento de nossa estrutura de negócios”. Outros projetos que contemplamamo- bilidade compartilhada e limpa também estão no centro da estratégia da Toyota do Brasil. O serviço de locação Kinto, segundo Chang, teve um ano de aprendizado e expansão das suas operações. MACROECONOMIA Como o projeto para os próximos anos ainda se encontra em gestação, em ne- gociação para aprovação pela matriz no Japão, Rafael Chang preferiu não revelar as expectativas para o desempenho da indústria e da Toyota no ano que vem. Mas a análise da macroeconomia no País é mais uma informação que confirma o otimismo da Toyota. “O PIB se recuperou muito mais rápi- do do que todas as outras projeções em 2022. Acreditamos que no ano que vem acontecerá o mesmo. É provável que o PIB cresça até 2% em 2023. Para nós o importante é identificar essa tendência de crescimento para definir os nossos planos para os próximos anos.” A queda da inflação é outra notícia boa, mas o desafio está na taxa de juros, que pode ter um impacto nas vendas do varejo: “Com a inflação caindo no curto prazo há a possibilidade de melhora des- se cenário. Espero que a taxa básica seja de apenas um dígito no ano que vem”. “ Estamos justamente neste momento definindo os investimentos e novos produtos para os próximos três a cinco anos. Posso dizer que teremos um foco ainda maior nas exportações.” Rafael Chang, presidente DESCARBONIZAÇÃO Aparentemente a descarbonização tem uma abordagem um tanto diferente por parte da Toyota, que acredita que as tecnologias são ferramentas para atingir o objetivo de retirar o CO2 da atmosfera. Assim, todas as rotas estão sendo consi- deradas e, até por essa abordagem mais conservadora ou realista das necessidades em cada região, os objetivos globais da companhia estão umpoucomais distantes do que alegam outros concorrentes. “Nosso desafio global é descarboni - zar todas as operações e os produtos em 2050. Mas o processo produtivo terá que ser livre de carbono a partir de 2030.” Chang argumenta que é preciso olhar para o consumidor em todos os mercados em vez de “simplesmente dizer para o cliente que esta ou aquela tecnologia é a solução mesmo ele não tendo acesso à infraestrutura para utilizar o produto em sua região”. No caso do Brasil o pioneiro híbrido- -flex da Toyota dá sua importante contri - buição no processo de descarbonização, mesmo ainda tendo que importar a nova tecnologia: “Para avançar nesse processo precisamos de investimentos e para ga- rantir investimentos é preciso ter escala. Hoje a escala não justifica dar o próximo passo que é nacionalizar o powertrain híbrido a etanol. Mas é um passo natural que deveremos dar”. PERSPECTIVAS 2023 » TOYOTA

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=