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74 Outubro 2022 | AutoData L íder incontestável do mercado na- cional com quase 30% das vendas de automóveis e comerciais leves a Stellantis aproveitará sua invejável es- cala produtiva para desenvolver no País todos os itens necessários para a tecnolo- gia híbrida a etanol. Com investimentos já associados a este projeto e planejamento a ser aprovado em um novo aporte para a região, Antonio Filosa, presidente da Stellantis América do Sul, disse que “está absolutamente próxima a utilização de um híbrido a etanol com tecnologia nacional. Eu diria que está abrindo esta porta aqui na nossa frente”. Ementrevista no escritório da Stellantis, em São Paulo, na primeira semana de ou- tubro, Filosa apresentou argumentos que o deixam otimista com o futuro e sobre o papel que os mercados brasileiro e sul- -americanos terão na planificação global do grupo multimarcas. Porém, por causa das exigências das bolsas de valores das quais a empresa faz parte, ele não pôde apresentar projeções nem sobre o seu negócio nem sobre a macroeconomia nacional e global. Por Leandro Alves Localizar, localizar, localizar… A Stellantis está muito perto de nacionalizar a tecnologia para carros híbridos-flex, trazendo fornecedores para o País Leo Lara PERSPECTIVAS 2023 » STELLANTIS O cenário internacional, em retorno a uma certa normalidade após os piores momentos da pandemia, e associado ao conflito na Ucrânia, é o que mais preocu - pa. Na avaliação da Stellantis esses dois episódios trouxeram restrição na obtenção de insumos, uma nova realidade para a ca- deia logística global, alémde umprocesso inflacionário forte e persistente. “Globalmente acredito que have- rá uma reorganização da força relativa das economias, e as maiores dificulda - des estão na Europa. Nesse contexto as economias na América do Sul e outras regiões podem mostrar um pouco mais de força. E quando falo em América do Sul é prioritariamente o Brasil.” O raciocínio parte do princípio de que a Europa está iniciando uma grande trans- formação tecnológica e de modelo de negócios na indústria automotiva. É, neste momento, o epicentro de um problema temporário com o conflito na Ucrânia e que causa muita volatilidade econômica nos países do bloco. E, também, o epicen- tro do que foi classificado pelo executivo como um “objetivo ético e de mercado que é o da descarbonização. Lá a resposta para esse objetivo é a eletrificação. E isso significa custos adicionais que estarão no preço final do veículo”. Assima expectativa é que nos próximos anos o desempenho da indústria automo-

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