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72 Outubro 2022 | AutoData E m meio às discussões com as dire- torias da subsidiária local, da região e da matriz a respeito do orçamento para o ano que vem, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, atendeu a reportagem de AutoData com números atualizados das expectativas da compa- nhia para o mercado brasileiro de veículos e das projeções macroeconômicas. ARenault trabalha comum crescimen- to de 0,5% do PIB brasileiro em 2023, in- flação controlada com o IPCA na casa dos 5% e a tendência de recuo da Selic, que chegará a 10,75% ao fim do ano. O dólar ficará pelos R$ 5,49, segundo as análises da equipe econômica da empresa. Com relação ao mercado brasileiro em 2022 a Renault tem projeções um pouco inferiores às daAnfavea, que apontampara alta de 0,9% nas vendas de automóveis e comerciais leves, com 1 milhão 994 mil unidades. Na visão da empresa serão 1 milhão 950 mil veículos leves comercia- lizados até o fim do ano, leve queda de 1,3% na comparação com os 1 milhão 977 mil de 2021. Para 2023 Gondo diz que a expectativa é crescer de 5% a 10%, chegando a 2,1 mi- lhões de veículos leves comercializados. “Teremos mais disponibilidade de pe- ças no ano que vem e a tendência é a Selic, após essa estabilização sinalizada pelo Banco Central, começar a recuar, o Por André Barros Menos confusão logística e econômica O presidente da Renault, Ricardo Gondo, projeta crescimento de 5% a 10% do mercado com a volta da estabilidade na economia e na cadeia de suprimentos Divulgação/Renault PERSPECTIVAS 2023 » RENAULT que ajudará com o crédito”, avalia. “E as locadoras, que estão comprando, conti- nuarão a demandar no ano que vem. Isto explica as 150 mil unidades a mais que estamos prevendo para o mercado.” Gondo acredita que a relação venda di- reta versus showroomdas concessionárias continuará nos níveis dos últimos meses, com o mercado dividido meio a meio: “No nosso caso a relação será maior para o varejo, na casa dos 53% a 47%. Desde que, em 2021, seguimos as premissas do plano Renaulution, que prioriza a rentabilidade sobre o volume, passamos a olhar mais para o varejo”.