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70 Outubro 2022 | AutoData para produzir e atender ao crescimento do mercado esperado para 2023. Para a produção total da indústria o presidente evitou projeções por falta de informações de outras montadoras, mas fez observações sobre a situação do Brasil: “Temos muito potencial para produzir mais do que 2 milhões por ano. Olhando para o passando ainda estamos longe dos 3,6 milhões, mas de 2,5 milhões a 2,7 milhões seria um número espetacular e podemos alcançar isto no médio prazo”. MAIS NACIONALIZAÇÃO Para acompanhar o possível cresci- mento nos próximos anos e sofrer menos com as questões globais de abastecimen- to a Nissan busca aumentar a localização de peças, até porque a fábrica de Resen- de não trabalha mais em regime de just- -in-time por dispor de grande estoque de peças e componentes sem saber se essa situação mudará ou não. Segundo o presidente a companhia tem conversado com seus fornecedores para mostrar as oportunidades de localização, mirando avanço para até 85% de nacionalização dos veículos, contra 60% atualmente. “Mostramos nosso plano de negócios para o futuro e os benefícios que as em- presas instaladas em Resende e região têm: tudo isso trará grandes oportunidades para nossa cadeia. Há empresa que já nos atende e ainda não localizou determinado componente e este é o momento”, en- dossa Cousseau. “Tudo isso faz parte do “ Já preparamos o nosso segundo turno para conseguir elevar a produção com a maior disponibilidade de peças no ano que vem.” Airton Cousseau, presidente nosso investimento de R$ 1,3 bilhão que está sendo feito até 2025.” A maior nacionalização de compo- nentes ajudará a Nissan a aumentar suas exportações no médio prazo, pois o plano por aqui é utilizar Resende como base exportadora para toda América Latina e até outros mercados, desde que os veí- culos nacionais sejam competitivos. Atu- almente exporta o Kicks para Argentina e Paraguai, volume que em 2023 deverá representar de 10% a 15% da produção nacional. Também são exportados alguns componentes e acessórios produzidos na unidade, operação que deverá crescer nos próximos anos, com oportunidades em grandes mercados como a China. Na Argentina a Nissan tem linha de montagem em Córdoba, dentro da mes- ma planta da sócia Renault, onde produz a nova geração da picape média Frontier, que hoje abastece apenas os mercados argentino e brasileiro. A empresa também quer expandir suas exportações do país vizinho e, até dezembro, deve iniciar em- barques da picape para Colômbia e Chile. No ano que vem também será importado para o mercado brasileiro o novo Sentra, mas este virá do México. Cousseau acredita que o Brasil tem bases sólidas para crescer e melhorar seu cenário macroeconômico em 2023, com redução da taxa de juros para financia - mentos, que tem sido um problema ao longo de 2022, assim como a taxa bási- ca Selic, que hoje fixada em 13,75% ao ano é considerada muito alta. Para o PIB o presidente diz que a expectativa está alinhada às principais fontes do merca- do, como o Relatório Focus, do Banco Central, que aponta para alta de 0,53% em 2023, taxa Selic de 11,25% e cotação do dólar a R$ 5,20. PERSPECTIVAS 2023 » NISSAN

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