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67 AutoData | Outubro 2022 dução nacional “mas não é possível fazer isso com semicondutores, que hoje são 100% importados e estão cada vez mais presentes nos carros que produzimos”. Ele acrescenta que a adoção de no- vos sistemas eletrônicos de segurança ativa – como o Honda Sensing, que agre - ga controle de velocidade adaptativo, o ACC, e assistência de condução na faixa de rodagem, hoje presente em todos os modelos da marca – acabam por agravar a falta demicrochips que compõemesses módulos de controle. PORTFÓLIO RENOVADO Apesar dos problemas de produção a Honda contará com portfólio de produ - tos completamente renovado em 2023, incluindo a família de carros nacionais, produzidos em Itirapina, SP, os City hatch e sedã lançados no começo de 2022 e a recém-lançada nova geração do SUVHR- V. Vão se juntar a eles o novo Civic, sedã médio que era fabricado em Sumaré, SP, que agora virá importado. “Acertamos na renovação dos produtos aqui, que estão sendo muito bem acei- tos. Entraremos em 2023 com toda a linha nova, por isso será um ano importante para crescer e consolidar nossa posição no Brasil.” O presidente da Honda pondera ain - da que os custos de produção seguem pressionados, por duas razões: os emba- raços logísticos internacionais, agravados pela guerra na Ucrânia e paralisações na China com sua política de tolerância zero para surtos de covid-19, e a necessidade de embarcar novos sistemas eletrônicos nos carros, todos importados. Por isso na visão do executivo os preços dos veículos tendem a continuar subindo: “A adoção de novas tecnologias de segurança, como o Honda Sensing, traz benefícios ao cliente, ele quer cada vez mais esses sistemas, mas isso custa mais e os preços aumentam”. ELETRIFICAÇÃO AHonda tem sidomais tímida em intro - duzir carros elétricos e híbridos no Brasil: “Avelocidade da eletrificação é diferentes nos diversos países, cresce muito rápido na China e na Europa, mas esse processo é mais lento aqui, porque existe o etanol e porque híbridos e elétricos ainda são muito caros”. Pelo mesmo motivo o executivo diz que a Honda tem estudos mas nenhum plano concreto para lançar carros híbridos flex, commotores bicombustível etanol - -gasolina, como já faz desde 2019 a rival Toyota: “Estamos estudando essa possi- bilidade, mas antes temos de entender o quanto o consumidor aceita pagar mais caro por essa tecnologia”. “Acertamos na renovação dos produtos. Existe demanda e vendemos tudo que produzimos. Poderíamos vender mais se não houvesse falta de semicondutores” Atsushi Fujimoto, presidente

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