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66 Outubro 2022 | AutoData A tsushi Fujimoto assumiu a presi- dência da Honda South America há cerca de um ano e meio. De seu escritório na sede regional da em- presa, na fábrica de Sumaré, SP, ele avista no próximo ano situação melhor aqui do que no bloco de países desenvolvidos: “É um momento de instabilidade, temos inflação alta e o conflito da Rússia com a Ucrânia, há muitas incertezas, não vejo como 2023 poderá ser melhor do que este ano, mas acho que o Brasil não está em má situação quando se compara com o resto do mundo”. O executivo justifica sua avaliação apontando que no Brasil “a inflação está estabilizada e o índice de desemprego está caindo, a economia brasileira em si não está ruim”, mas ele pondera: “Claro que não temos certeza sobre o futuro, as elei- ções presidenciais ainda não acabaram, o que torna difícil fazer previsões”. Com essa visão, Fujimoto não cita qualquer tipo de número, mas prevê um horizonte “mais positivo do que negativo” para o País. PROBLEMA DE PRODUÇÃO Omaior problema da indústria no mo- mento, indica o executivo, será superar a falta de microchips e voltar a produzir em níveis mais altos para atender todos os pedidos dos clientes: “Existe demanda e vendemos tudo que produzimos. Poderí- Por Pedro Kutney Ano importante com novos produtos Honda vê Brasil melhor do que resto do mundo e espera colher resultados da renovação de seus produtos no País amos vender mais se não houvesse falta de semicondutores. Como as indicações são de que problema deve persistir em 2023, talvez apenas repetiremos os volu- mes de 2022”. Por causa das paralisações de produção a Honda vem perdendo terreno no Brasil. Terminou 2021 com61,9mil emplacamen- tos e participação de mercado de 4,2%, como oitava marca mais vendida no País, e este ano caiu para a nona posição com 2,9%, totalizando poucomais de 40mil ve- ículos emplacados de janeiro a setembro. Fujimoto afirma que a Honda procura nacionalizar os componentes para sua pro- Divulgação/Honda PERSPECTIVAS 2023 » HONDA