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59 AutoData | Outubro 2022 sul-americanas. O SUVTracker de São Ca- etano do Sul, por exemplo, agora abastece apenas o mercado local: para a Colômbia vai o modelo produzido em Rosário, na Argentina, que também atende aos con- sumidores do país vizinho. Da Colômbia o Joy, antiga carroceria do Onix, parte para o mercado argentino. CENÁRIO OTIMISTA Com relação à produção e às vendas domésticas Chamorro diz acompanhar as projeções da Anfavea para 2022: alta de 4,1% na primeira, para 2 milhões 340 mil unidades, e de 1% na segunda, somando 2 milhões 140 mil veículos, contando veí- culos leves e pesados. Para 2023 a aposta do executivo é de “leve crescimento”. “Temos elementos positivos que nos levam a acreditar na manutenção da alta domercado: a inflação, que era umgrande problema, foi controlada e já houve até a interrupção do aumento da taxa Selic. Da parte das financeiras há dinheiro disponível e criatividade, com planos diferentes com entradas menores, parcelas acessíveis e a parcela balão no fim do plano. E o consu - midor está querendo comprar: passada a pandemia ele está capitalizado e pretende trocar seu veículo.” O executivo ainda enxerga, porém, pos- síveis problemas de desabastecimento de peças, tanto de semicondutores como de outros componentes, por causa da guerra na Ucrânia que afeta a Europa e boa parte do mundo: “No caso dos semicondutores existemvisões mais otimistas, que acredi- tam em normalização a partir do ano que vem, e mais pessimistas, que dizem que a regularização de fornecimento ocorrerá apenas em 2024. Somos sempre otimistas”. Para tentar contornar a situação de es- cassez, diz Chamorro, a GMvem tentando simplificar a adoção dos semiconduto - res em seus modelos: a ideia é reduzir a complexidade, usando chips do mesmo tipo, no intuito de transformá-lo em algo semelhante a uma commodity: “Há um número grande de modelos de chips, que estamos tentando diminuir na nossa pro- dução. Assim podemos fazer acordos de “ Temos elementos positivos que nos levam a acreditar na manutenção da alta do mercado: a inflação foi controlada, há dinheiro e criatividade para financiamentos, o consumidor quer comprar.” Santiago Chamorro, presidente compras de grandes volumes para, inclu- sive, abastecer os nossos fornecedores”. ELETRIFICAÇÃO Resolver a questão dos semiconduto- res é importante porque o futuro demédio a longo prazo da GM é elétrico. A compa- nhia é, dentre as de grande volume do mercado nacional, a única que descarta, ao menos no discurso atual, a adoção de sistemas híbrido flex como passo inter - mediário na região. Chamorro afirma que a intenção da GM é tornar a América do Sul um polo de de- senvolvimento e industrialização demode- los elétricos no futuro. E elenca as razões para isso: a GMdispõe de competência em engenharia e emmanufatura, existe riqueza mineral na América do Sul para equipar os modelos elétricos, energia limpa para conduzir esses veículos e o consumidor local, na sua visão, quer o carro elétrico. “AGMvai seguir aqui omesmo conceito zero-zero-zero global: zero emissões, zero acidentes e zero congestionamento.” O presidente da GMAmérica do Sul, no entanto, não quis dizer quando o primeiro veículo 100% elétrico da companhia será produzido em uma fábrica da região. Por aqui, por enquanto, o abastecimentovirá de fora: já chegou o Bolt EVe embreve come- çama ser importados o Bolt EUV, Blazer EV e Equinox EV, quatro modelos da primeira etapa da ofensiva elétrica Chevrolet.

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