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» EDITORIAL AutoData | Outubro 2022 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Rúbia Evangelinellis, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Foto Lightspring/Shutterstock Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 434, bloco 5, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor Trinta anos em perspectiva E ste outubro marca trinta anos de publi- cação ininterrupta desta revista Auto- Data commais uma edição especial, a vigésima-nona, dedicada a ouvir as expec- tativas dos principais atores da indústria automotiva no Brasil para saber quais são, afinal, as perspectivas para o ano seguinte. Tarefa que vem se mostrando cada vez mais difícil, dada a opacidade com que trata do tema a maioria dos empresários e executivos do setor. Como expectadora privilegiada dos feitos da indústria automotiva no País nas últimas três décadas, AutoData relata em suas páginas uma história de muitos altos e baixos, mas cabe destacar que nesse período o número de fabricantes de veícu- los aqui instalados se multiplicou por dez, mais ou menos, e o mercado cresceu três vezes considerando apenas os números de 1992 e de agora, em 2022. Poderia ser bemmais, como aconteceu há exatos dez anos quando brasileiros felizes e confian - tes no progresso econômico de seu País chegaram perto de comprar 4 milhões de veículos. As indicações colhidas este mês pela equipe editorial da AutoData Editora indi- cam perspectiva de estagnação em 2023, mas ainda assimomercado temnível mui- to acima do que já teve, pois seu piso, ao que tudo indica, subiu e está parado em pouco mais de 2 milhões de veículos/ano. É quase um milagre, levando em consi- deração a baixa renda do País e os altos preços dos veículos ora produzidos em pindorama – que têm nível tecnológico também muito superior, é verdade. A pergunta é: dá para viver assim? Até dá, mas não por muito tempo nem para todos os fabricantes que hoje estão ins- talados no Brasil, dado o elevado índi- ce de ociosidade das fábricas e a baixa rentabilidade, algo que ciosos acionistas começam a cobrar nas matrizes instala- das no Exterior, onde a situação também não é das melhores para justificar ajuda financeira a subsidiárias deficitárias. Conclusão: o setor automotivo precisa definir políticas para voltar a crescer, no melhor interesse do País, como fez há trinta anos. Continuamos aqui, à espera disto.

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