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36 Outubro 2022 | AutoData PERSPECTIVAS 2023 » RESUMO condutores, o que impede voos mais altos além do empate com 2021, com vendas em 2022 estimadas pela Anfavea de 128 mil caminhões e 18 mil ônibus. A limitação de produção deve se es- tender para 2023 e se somar a um outro fator que puxa as vendas para baixo: o aumento de preços de 15% a mais de 20% dos novos caminhões e ônibus equipados obrigatoriamente com motorização Euro 6, para atender à nova fase da legislação brasileira de emissões, o Proconve P8, em vigor a partir de janeiro. Contudo há fatores positivos no hori- zonte das vendas de caminhões no País e o mais importante deles é a esperada maior safra de grãos da história, estima- da pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, ligada ao Ministério da Agricultura, em 312,4 milhões de tone- ladas, que majoritariamente terão de ser transportadas por dezenas de milhares de caminhões. Os setores de construção civil, mineração e entregas urbanas também prometem compras. MACROECONOMIA No cenário macroeconômico (veja a próxima reportagemdesta edição) os eco- nomistas enxergammuitos ventos contrá- rios e mais um ano de baixo crescimento do PIB brasileiro em 2023, não mais do que 0,5% sobre o resultado de 2022, que surpreende com taxa de expansão aci- ma de 2,5%. Isso porque no ano que vem não estão no horizonte os estímulos que bombaram a economia este ano, aprova- dos em ano eleitoral, para reduzir preços de combustíveis, irrigar o consumo com liberação de FGTS ou complementar a renda da população com o Auxílio Brasil. Ainda assim a maioria das empresas e entidades do setor automotivo estima que o País pode crescer de 0,5% a 1%, mas existem projeções que vão até 2%. Muitos comemoram o arrefecimento da inflação e a perspectiva de juro em queda, mas o patamar de ambos os indicadores per- manece muito elevado e limitam muito qualquer crescimento econômico. A inflação persistentemente alta foi mascarada nos últimos três meses com deflação calcada na redução forçada de preços dos combustíveis, mas a pressão na cotação internacional do petróleo tende a provocar novas altas. O fato é que os preços continuamelevados namaioria dos produtos, especialmente nos alimentos. Alf Ribeiro/shutterstock

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