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24 Outubro 2022 | AutoData Bons resultados em horizonte incerto Como a Anfir antecipa o desempenho do PIB brasileiro? Este ano apostava-se emvariação nega - tiva do PIB de 0,5%, mas a recuperação foi tão grande que talvez tenhamos um resultado até melhor do que o da China. Acredito muito no crescimento de 3% este ano. Os economistas dizemque ha- verá investimento no Brasil e nós, como empresários, também confiamos que vamos receber muitos investimentos devido à insegurança no mercado eu - ropeu. Mas não podemos nos descolar totalmente do pessimismo global. Uma recessão pode fazer o mundo crescer menos do que 2,3% no ano que vem e, talvez, nós também tenhamos dificul - dades, principalmente na exportação e com nossas commodities de trans- formação. Mesmo assim estamos pen - sando em um PIB positivo, em torno de 1% para 2023. Qual o setor que poderá contribuirmais para o crescimento do PIB? Mesmo que pequeno o crescimento do PIB terá muita influência do resultado do agronegócio, que projeta uma safra de 320 milhões de toneladas de grãos, ou seja, 48 milhões de toneladas a mais do que em 2022. O consumo interno também é algo que pode movimentar positivamente a economia e isso de - pende muito da manutenção, ou não, do Auxílio Brasil de R$ 600 ou até uma expansão para R$ 1 mil. Entrevista a Leandro Alves FROM THE TOP » JOSÉ CARLOS SPRÍCIGO, ANFIR Qual a projeção da Anfir para o câmbio no Brasil em 2023? Em períodos que antecedem um mo - mento político, como agora, é lógico haver muita incerteza com relação ao câmbio. O ideal seria que se estabele- cesse o dólar a R$ 4,50, mas o câmbio mantendo os R$ 5 tambémestaria muito bom para o ano que vem. Só que essa cotação tem muita influência do que acontece lá fora, principalmente nos Es - tados Unidos, coma política de aumento de juros que atrai investimentos para lá. Por isso é algo para ficarmos atentos. A taxa básica de juros Selic e a inflação serão pontos de atenção para os negó - cios no ano que vem? Para 2023 seria umótimo cenário a traje - tória que observamos nos últimosmeses. A taxa básica de juros atual de 13,75% permitirá a continuidade da deflação, que deve acontecer pelo terceiro mês con - secutivo. A expectativa é que a inflação fique abaixo de 6% em 2022 e comece no ano que vem a convergir para a meta [3,5% com 1,5 ponto de tolerância para cima ou para baixo]. Tudo isso trarámenor pressão ao IPCA e ao INPC, que baliza salários e é uma importante referência para a indústria. Para 2023 os economistas acreditam que esse movimento ganha- rá força no segundo trimestre, mas nós acreditamos que, dando continuidade à política atual, possamos ter sinais de queda de juros já em fevereiro. Após melhor ano da história fabricantes de carretas e carrocerias esperam sustentar bom desempenho

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