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14 Outubro 2022 | AutoData combustão, que continuam necessários mas alguns lugares domundo estão dei - xando de produzir. Do mercado mundial de 75 milhões de veículos/ano, pelo menos um terço deste volume será ab - sorvido por países em desenvolvimento e não será de veículos eletrificados. Te - mos então a oportunidade de aproveitar esse mercado em transição por pelo menos mais vinte anos. Emqual estágio estão as conversas para atrair fabricantes de semicondutores ao Brasil? Estivemos no Japão com um grupo de empresários e representantes do gover - no brasileiro, conversamos com a Rene- sas porque a empresa tem comprado fábricas no mundo. Também conversa - mos com empresas de Taiwan [maior fabricante mundial de semicondutores]. O governo tem o projeto de instalar no País uma fábrica de semicondutores de nível mundial e apresentou condi - ções para isso, oferecendo incentivos tributários, linhas de financiamento e processos de importação simplifica - dos que vão constar em uma medida provisória que está sendo preparada pelo Ministério da Economia para atrair esses fabricantes. Houve uma boa re- cepção desses possíveis investidores, porque hoje o Brasil importa US$ 13 bilhões em semicondutores por ano, é muita coisa, representa 2,5% do mer - cado global destes componentes, e a indústria automotiva é responsável por aproximadamente 10% das com - pras, com carros que há pouco tempo tinham de trezentos a seiscentos mi- crochips e hoje têm de 1,5 mil a 2 mil, e nem estamos falando ainda de veículos autônomos. A demanda é crescente e não é proporcional à capacidade atual de fornecimento. Então se quiser esti - mular sua indústria o Brasil não pode escapar de fazer investimentos nesta área. O mundo todo está fazendo isso, os Estados Unidos têm plano de US$ 50 bilhões para estimular a indústria de semicondutores. “ A demanda acima da oferta deve continuar em 2023 porque ainda teremos restrição de fornecimento de semicondutores, principalmente no primeiro semestre.” As projeções de exportações este ano devem ser superadas? Nas exportações já temos um suces - so absoluto [com 363,5 mil veículos embarcados de janeiro a setembro e crescimento de 31,2% sobre o mesmo período de 2021], já temos certeza de que superaremos a previsão com folga [de 460 mil unidades], mesmo com as restrições às importações que enfren - tamos na Argentina e na Colômbia, para onde já superamos a cota anual de 50 mil veículos que podemos vender lá sem pagar imposto de importação. Comquais projeçõesmacroeconômicas a Anfavea trabalha para 2023? Projetamos o juro emqueda, com a Selic fechando o ano que vem a 11,25%. Espe - ramos crescimento do PIB na casa de 2,5% este ano e de 1% em 2023. A inflação IPCAdeve encerrar 2022 em5,5% e ainda não temos previsão para 2023. O dólar fecha este ano em torno de R$ 5,20 e para o ano que vemnão deve baixar pois o viés está mais para alta. Como progride o projeto de apresentar fornecedores do Brasil para as matrizes dos fabricantes de veículos no Exterior? Tivemos uma reunião de trabalho recen - te com cerca de sessenta associados do Sindipeças e existe um certo entusiasmo em levar esse programa adiante, princi - palmente para explorar a oportunidade de exportar componentes de motores a FROM THE TOP » MÁRCIO DE LIMA LEITE, ANFAVEA
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