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75 AutoData | Junho 2022 Por que a eletrificação dos automóveis no Brasil será a melhor solução para reduzir as emissões de CO2? De acordo com suas projeções e estratégias quando issopassará aocorrernomercadobrasileiro? AGMestá liderando este processo de transformação da mobilidade com sua visão de futuro com Zero Acidente, ZeroEmissãoeZeroCongestionamento. Es- tudosmostramque impactos do aquecimento global sãomais alarmantes do que se imaginava e a solução para zerar as emissões dos veículos é a eletrificação. Estamos avançando globalmente neste sentido. Parte deste processo é tornar cada vez mais sustentáveis nossos veículos a combustão até amigração total do mercado para os modelos a bateria. Sabemos que o timing desse processo será diferente conforme as características de cada mercado. Por isso, a jornada para a eletrificação tem de envolver desde indústria, setores de mineração e energia até governos. AAmérica Latina temmercado potencial de quase 5 milhões de unidades por ano. Considerando as singularidades de cada país, como a GM acredita que será o ritmo de introdução de automóveis elé - tricos nessa região? O consumidor tem mostrado muito interesse nos benefícios do carro elétrico, como a melhor per- formance e o menor custo de rodagem. Desde a estreia em 2019 do Chevrolet Bolt EV, nosso pri- meiro modelo zero emissão, a receptividade tem sido enorme, pois o brasileiro é um entusiasta da inovação. Isso nos motiva a continuar trabalhando para ampliar a oferta desse tipo de produto em toda América do Sul, que como região tem potencial enorme de se tornar polo de desenvolvimento, produção e exportação de tecnologias e EVs. Temos aqui uma combinação perfeita de grandes reservas de minérios para baterias, centros de engenharia qualificados e um dos mais modernos parques industriais automotivos do mundo. Marina Willish, vice-presidente de relações públicas, comunicação e ESG da General Motors América do Sul Pablo Di Si, chairman executivo da Volkswagen América Latina Divulgação/GM Divulgação/Volkswagen Por que carros movidos por biocombustíveis, e não os elétricos puros, deverão dar início à transição da frota de automóveis mais limpos no Brasil? Qual a visão da VW? A visão é clara sobre o avanço da eletrificação na Europa, nos Estados Unidos e na China, países que irão eletrificar suas frotas mais rapidamente. Na Eu - ropa, até 2030, 70% dos carros VWvendidos serão elétricos. Mas precisamos levar em consideração os recursos locais, infraestrutura e níveis de renda dos países que atuamos. No Brasil já hoje podemos ter um grande impacto commotores flex que utilizam o etanol, biocombustível que se caracteriza como estratégia complementar aos híbridos e elétricos, reduzindo as emissões de carbono em 90% em relação à gasolina. É um ótimo exemplo de pensar globalmente, mas agir localmente. É neste cená- rio que o Centro de P&D para biocombustíveis é fundamental na nossa estratégia, pois vai liderar a criação de tecnologias ligadas ao etanol e motores flex, para aplicação no mercado local e em outros países emergentes. Os híbridos flex e, mais tarde, osmovidos a célula de combustível poderão oferecer solução às emissões a custos razoáveis para o consumidor nacional? O que temos feito é conscientizar o cliente de que o etanol é uma opção de baixa emissão de CO2, uma solução já utilizada emmotores flex, e que pode ser base para tecnologias complementares aos carros híbridos e elétricos. A Unicamp, com quem temos parceria, por exemplo, tem feito pesquisas de van- guarda, que podem transformar o etanol em uma fonte de energia para abastecer um carro elétrico no futuro, tecnologia comgrande potencial de exporta- ção e importante para a competitividade da indústria automobilística nacional. Além disso, temos acordos com a InovaUSP e Raízen que irão contribuir com a nossa estratégia rumo à mobilidade sustentável.

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