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32 Junho 2022 | AutoData EVENTO » COMPRAS 9,1 bilhões em compras planejados para este ano R$ 5,6 bilhões são investidos em empresas da região: “Fica aqui o convite aos fornecedores para nos ajudar a redu- zir essas necessidades de importação. É uma oportunidade também para exportar, aproveitando as demandas crescentes da Iveco lá fora”. Juliano Almeida, diretor de compras e supply chain da Stellantis, deu dicas de oportunidades de nacionalização, sobretudo de tecnologias que chega - rão nos próximos anos, com aumento da demanda puxado pela obrigatoriedade de ESC, controle eletrônico de estabili- dade, AEB, sistema de frenagem auto- mática em casos de emergência, ACC, piloto automático adaptativo, assistente de manutenção de faixa, dentre outros. A companhia importa, hoje, todos esses componentes e tecnologias. MADE IN BRAZIL ILIMITADO Mas essas oportunidades sairão do papel ou é apenas mais uma onda que passará sem deixar grandes transfor- mações na indústria local? Se depender de Erwin Franieck, diretor presidente da SAE4Mobilty e integrante do MiBi, Made in Brazil Ilimitado, os projetos se concreti- zarão – e rápido. O MiBi conta com apoio do governo federal e já tem quatro gru- pos de trabalho em atividade, do total de oito ativos, que têm a meta de apontar caminhos para localizar componentes já até o fim deste ano e começo de 2023. Componentes metálicos, eletroeletrô- nicos, plásticos e conjuntos mecânicos estão mais avançados, segundo Franieck, por já terem cadeia estabelecida por aqui. Os grupos que demandarão mais tem- po, de três a cinco anos, são os que estu- dam a produção no País de transmissões automáticas, semicondutores, baterias de lítio e sistema de hidrogênio – este último ainda está em formação. Os semicondutores e baterias de lítio foram demandas que surgiram após a elaboração do MiBi, enquanto as trans- missões automáticas foram uma surpre- sa negativa: “Acabamos descobrindo no meio do caminho que há muitos proble - mas, como muitos ex-tarifários [isenções de imposto de importação a itens sem produção equivalente no País], projetos integrados a plataformas difíceis de se- rem alterados. Talvez precisemos ir atrás de outras soluções, a partir dos próprios fornecedores”. Flávia Spadafora, líder do segmento automotivo na KPMG, acredita que o Brasil esteja vivendo “um momento único: saí- mos do campo da vontade para a ação, com endosso do governo”.