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19 AutoData | Junho 2022 Com o fim do March a Nissan abando - nou o segmento de hatches no Brasil, que já foi o maior do País. Em 2021 foi ultrapassado pelos SUVs, mas ainda tem volume importante. Por que deixar esse segmento? Quando desenvolvemos novos produtos pensamos no que o cliente vai querer da- qui a cinco anos, e as pesquisas apontam para SUVs. Então os hatches, por agora, não são prioridade. O mercado de SUVs está crescendo e a Nissan só temummodelo a oferecer. Há planos para mais opções no Brasil? Teremos só um SUV no mercado daqui a cinco anos? Provavelmente não. Não posso dizer quando teremos mais SUVs aqui, mas claro que queremos acompa- nhar a evolução dos clientes quando eles precisarem de um carro maior. Qual desempenho demercado a Nissan espera na América do Sul este ano? Crescerão todos os mercados da região, até porque uma parte da demanda foi represada. Nos próximos anos aAmérica do Sul será uma das regiões que mais crescerão, o que sustenta nossa ambição de ser uma das trêsmarcasmaisvendidas na região. Por isso estamos trabalhando na integração do Mercosul, renovando os produtos e anunciamos investimentos. Nos últimos anos ocorre ummovimento preocupante de fabricantes de veículos que deixaram de produzir no Brasil. O senhor avaliaqueesseêxodo continuará? Acho que o mercado brasileiro terá cada vez mais concorrentes: basta ver os investimentos anunciados, porque o Brasil crescerá, talvez demore algum tempo para voltar aos 3,8 milhões de unidades [de 2012], mas o volume de 2 milhões não é normal para o País. Alguns concorrentes saíram e outros aparece- ram de novo. As decisões que vimos [de fechar fábricas] foram consequência de resultados particulares. No nosso caso a aceitação da marca é cada vez melhor e continuaremos investindo. puro e ofereceremos as duas opções: o cliente escolhe qual prefere. A Nissan já demonstrou a tecnologia e- -Power no Brasil como Note. As apostas convergiam para que essa tecnologia pudesse ser nacionalizada no Kicks. Essa ideia continua ou foi abandonada? O Note foi o primeiro Nissan no mundo a oferecer a tecnologia e-Power, no Ja- pão, onde o carro passou de mais um compacto para o mais vendido do seg- mento por causa da eletrificação. OKicks e-Power também já existe, foi lançado no mercado japonês porque lá a tecnologia amadureceu e atraiu os clientes. Aopção, então, já está à mão, e a questão é saber quando omercado, aqui, estará prepara- do, pois o e-Power tem custo maior do que o dos híbridos flex convencionais já vendidos no Brasil.

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