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54 Abril 2022 | AutoData TECNOLOGIA » FLEX FUEL S ob qualquer ponto de vista é unâni- me a visão de especialistas de que o sistema flexfuel, desenvolvido há vinte anos no Brasil, pode evoluir bastante e ainda tem etanol para queimar por no mínimo outros vinte anos à frente. O principal motivo é o fato de o País ter à disposição vantagem que a maio- ria dos países não têm: a disponibilidade do biocombustível de cana-de-açúcar, a matéria-prima mais limpa e eficiente para produção de álcool etílico, que aqui pavimenta o caminhomais rápido e barato para atingir metas de descarbonização da matriz energética veicular. Avantagem sucroenergética brasileira se combina com a ampla distribuição do biocombustível em todo o território e o domínio da tecnologia para usar o etanol em larga escala. Essa vantagem, contudo, vem sendo usada abaixo do potencial, porque o biocombustível não tem preço competitivo na maior parte dos estados brasileiros e, até por causa disso, a capa - cidade de produção das usinas não seria suficiente para abastecer toda a frota flex com etanol em caso de aumento súbito do consumo. Seria mais efetivo para o País reduzir emissões de CO2 com a simples amplia- ção do uso do E100, o etanol hidratado puro, que responde por 37% do consumo de combustível de veículos leves no País. Poderia ser bem mais se o preço fosse competitivo, sempre abaixo do valor do Por Pedro Kutney Flex ainda tem muito etanol para queimar Sistema bicombustível ainda é a solução mais rápida e barata para cumprir metas de descarbonização

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