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53 AutoData | Abril 2022 Com isso até fevereiro passado 35,5 mil híbridos flex da Toyota já foram empla - cados no Brasil, uma tecnologia que tem boa possibilidade de ganhar mercados internacionais. Esse volume deverá subir nos próximos anos com lançamentos já confirmados de versões híbridas bicom - bustível de modelos da Volkswagen e de marcas do Grupo Stellantis. Mas a eletrificação não é a única evo - lução. O sistema flex fuel vem sendo me - lhorado nos últimos vinte anos junto com os avanços incorporados aos motores a combustão, com algumas vantagens. Isso porque o etanol tem características físico- -químicas que permitemmaior compres- são e detonaçãomais homogênea, e assim funciona melhor emmotores turboalimen- tados e com injeção direta de combustível. Outra evolução foi a aposentadoria do frugal tanquinho de gasolina, usado desde os carros a álcool para facilitar a difícil par- tida a frio com etanol. Amaioria dos carros flex já usa o sistema de pré-aquecimento elétrico dos injetores de combustível, que elimina a necessidade de se injetar gaso- lina para ligar o motor frio. Como é ajustado para funcionar com dois combustíveis o motor flex ganhou a merecida fama de gastar mais, porque não pode trabalhar commáxima eficiência cometanol ou gasolina. Por isso já recebeu o maldoso apelido de Pato, animal que pode nadar, andar e voar mas sem fazer nenhum dos três muito bem. “Essa é uma visão ultrapassada. A di- ferença de consumo de um motor flex e outro monocombustível hoje é muito pequena. Isso estava ligado à diferença de taxa de compressão necessária para uso de gasolina, que precisa ser mais baixa, e de etanol, que pode ser mais alta. Mas com o uso de turboalimentação e injeção direta esse problema quase desaparece”, dizJoseph Jr. “Já existemmotores flex mui - to eficientes e outros serão lançados para melhorar cada vez mais a combinação com powertrains híbridos eletrificados.” Divulgação/Fiat

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