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» EDITORIAL AutoData | Abril 2022 Direção Geral Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Marcos Rozen, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarsky, Pedro Kutney Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Foto Divulgação/Nissan Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 434, bloco 5, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTB 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Marcos Rozen, editor Feliz 2023? O Brasil é um País, no mínimo, curioso. Há leis, regras e de- terminações que, à primeira vista, atendem questões jus- tas e corretas, mas que acabam por criar efeitos um tanto indesejáveis. Umexemplo é o financiamento de campanhas eleitorais. Dado o toma-lá-dá-cá gerado por doações milionárias de pessoas jurídicas, tal expediente foi proibido. Em seu lugar temos agora bilhões do dinheiro público aplicados nesta, digamos, atividade. Outro caso é o da desincompatibilização eleitoral. Como vários políticos usavam seus cargos para turbinar campanhas, pro- movendo uma enxurrada de inaugurações e afins às vésperas das eleições, agora precisam abrir mão de seus mandatos seis meses antes. Na prática, porém, isso significa uma antecipação da corri - da eleitoral. Neste abril diversos governadores deixaram seus cargos, bem como muitos ministros, secretários e tantos outros que pretendem concorrer ao pleito de outubro. Com isso os congressistas que buscam reeleição também passam a dedicar seu tempo apenas às suas campanhas. Ou seja, de agora até outubro nenhuma das muitas pautas relevantes e necessárias para o País será debatida ou votada com a profundidade devida. Diversos diálogos com as várias camadas e esferas de governo voltam à estaca zero. Bem, depois de outubro quem sabe, não? Ainda será o início do último trimestre, afinal. Só que em novembro começa a copa do mundo de futebol, e aí, bem, já viu. Em dezembro termina o torneio e logo depois já é natal. E feliz 2023. Como o primeiro trimestre desse ano ainda foi muito afetado pela pandemia e sua variante Ômicron, pode-se dizer que 2022 será um ano, neste ponto de vista, de zero meses. Enquanto isso no mundo real empresas e trabalhadores darão duro ao longo destes doze meses não para avançar, mas, na grande maioria dos casos, apenas sobreviver. E torcer para o ano que vem ser melhor...