384-2021-12

9 AutoData | Dezembro 2021 POSSE NA FENABRAVE Em 1º de janeiro a Fenabrave terá um novo presidente, José Maurício Andreta Júnior, que sucederá a Alarico Assunção Júnior e a quem conheci como jovem presidente da Abracaf, entidade que reúne os concessionários Fiat nos anos 80. Seu primeiro vice é Samir Dahas Bittar. Os dois também são os principais dirigentes da Fenacodiv para a gestão 2022-2024. A propósito republico texto de Lentes de setembro de 2019, edição 359 (ao lado), como subsídio a pensatas e a ações da nova diretoria: “FENABRAVE EM CONGRESSO Ah!: você avoeja em torno do setor automotivo e quer diversão?: frequente os congressos da Fenabrave porque, ali, a diversão é garantida. Você certamente sabe que as vendas diretas já constituem argumento suficiente para que Fenabrave e Anfavea caminhem em calçadas opostas, mas há coisas na vida que podem piorar. Em rara coincidência os principais eventos organizados pelas entidades, em agosto, foram marcados para o mesmo dia, no caso o Congresso Fenabrave e a coletiva de balanço mensal da Anfavea. Ainda que o conflito na agenda não tenha tornado inviável os compromissos houve embaraço – vozes de dentro da Anfavea, em mea culpa, tipo confiteor, classificaram como deselegante o episódio que levou executivos e jornalistas a se dividirem pelo número 496 da avenida Indianópolis e o Expo Transamérica, em São Paulo, no mesmíssimo dia, agenda braba. FENABRAVE EM CONGRESSO 2 Quem optou pela ida ao centro de convenções da Zona Sul da cidade viu o presidente da República abrir um dos principais congressos do setor automotivo com discurso que pouco versou sobre o negócio de veículos. Ele fez palanque do palco da Fenabrave e usou espaço em favor de sua agenda mais recente, que é atacar a imprensa e defender-se dos ataques que vêm do Exterior com relação à sua política ambiental. O que poderia, ou deveria, gerar constrangimento dos representantes de um dos principais setores da economia, no entanto, virou piada: o forte aplauso dos 1,5 mil representantes das concessionárias ali presentes endossou a ignorância de um homem que mostrou saber picas do mercado de veículos – afinal, o motivo do ágape. Teria ele, apenas, cativado seus iguais? FENABRAVE EM CONGRESSO 3 Afora emocionar integrantes de alto escalão da Fenabrave, da Abeifa e da Prefeitura o evento disse respeito, também, ao cover de Elvis Presley contratado para entoar, com drama e equívocos, o hino nacional. O artista Helder Moreira é adorador do cantor e também do presidente da República, de quem espera melhores dias: “Ele já errou, ninguém é perfeito. Tenho fé!”. Aliás “nosso presidente” foi termo recorrente – em meio a perdigotos e farelos de sanduíches e bolachinhas – nas conversas do café pós- solenidade. Uma delas, marcante, foi mantida por executivo do setor com a reportagem de AutoData : “Nosso presidente bateu forte em vocês, hein?”. Parece piada, né mesmo? Não: é verdade – e vocês acham razoável e ainda aplaudem?: vão à merda. FENABRAVE EM CONGRESSO 4 Dois anos atrás, talvez um pouco mais, disse duas coisas ao atual presidente da Fenabrave. A primeira: o setor industrial está perdido, pois a CNI se esconde, a Fiesp se expõe de maneira triste e indevida e a Anfavea debate- se em angústia interna: tome as rédeas do setor automotivo que este é o seu instante, como o foi de Alencar Burti em 1989, 1990. A segunda: peite as montadoras no que diz respeito às vendas diretas se não isto ainda será a triste marca da sua administração. FENABRAVE EM CONGRESSO 5 Quem viveu viu”.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=