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12 Dezembro 2021 | AutoData todo mundo estava bastante animado apesar dos percalços e dificuldades. Realmente: em outubro e novembro tivemos que conviver com uma situ- ação muito difícil no que se refere às restrições da cadeia de fornecimento, em particular importação de compo- nentes da Europa. Há uma demanda forte por produtos tanto aqui na América Latina quanto na Europa. Na Inglaterra, por exemplo, já venderam toda a pro- dução de 2022, e pedidos, agora, só para 2023. O mundo está demandando mais caminhões e ônibus. Em resumo seguimos bastante otimistas, mas aten- tos com relação ao cenário político e econômico aqui no Brasil. Mas entendo que a locomotiva brasileira é robusta o suficiente para atravessar essas turbu - lências. Estamos em um ciclo positivo, que costuma durar de cinco a sete anos. Falando um pouco de futuro: em sua opinião qual é o caminho para o seg- mento de transportes na rota da des- carbonização aqui no Brasil? O caminho para a eletrificação já está definido. Isso vai acontecer e não res - ta dúvida. Todas as montadoras estão investindo nisso. No nosso caso na Eu- ropa temos fortes parcerias e linha de produção pronta para isso. Há muito ânimo por parte dos engenheiros. A grande questão é quando esta solu- ção será economicamente viável para o cliente e para a operação, pois ainda é extremamente cara. Temos um apelo ambiental, sem dúvida, mas sem que faça sentido também do ponto de vista financeiro ela fica mais distante. Passa também pela questão política, pelos nossos governantes, em particular no que diz respeito a infraestrutura e incentivos. Na Europa isso está bas- tante adiantado. Na América Latina o Chile está bem avançado em ônibus elétricos e a Colômbia está seguindo caminho semelhante. No Brasil ainda é algo distante. A solução de mais curto prazo é a do gás, na qual temos uma boa capacidade de produção. “ Todo o aprendizado que tive ao longo da minha carreira consigo aplicar agora, com a teoria se transformando em prática junto a um momento de crescimento da empresa e de reconstrução da equipe e da estrutura.” FROM THE TOP » MARCIO QUERICHELLI, IVECO

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