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96 Outubro 2021 | AutoData N o começo deste ano a Volvo surpre- endeu omercado ao projetar alta de 40% para as vendas de caminhões pesados e semipesados no total de 2021, porcentualmente o dobro do então estimado pela Anfavea e por outras em- presas do segmento. E, na esteira dessa projeção, contratou quatrocentos fun- cionários para a fábrica de Curitiba, PR, levando o total a 3,8 mil, quadro maior do que no período pré-pandemia. Os resultados registrados até setembro mostram que a avaliação da Volvo estava correta: os semipesados cresceram 49% e os pesados 55% em vendas ao mercado interno no acumulado de 2021. De acordo comAlcides Cavalcanti, seu diretor execu- tivo para caminhões, “a base comparativa do último trimestre de 2020 é mais alta do que os períodos anteriores, então as coisas caminhampara confirmar um índice ao fim do ano bastante próximos aos 40% que calculamos”. Segundo ele este resultado foi puxado principalmente pelos setores do agrone- gócio e da construção civil, “que está se recuperando e tinha frota muito antiga, especialmente no caso das betoneiras”, além da mineração, “que além de renovar está ampliando a frota”. Para 2022 o índice ainda não está fe- chado, mas certamente não haverá tama- nho avanço, dado inclusive que a base comparativa será mais realista: “Vemos fatores positivos e negativos para o próximo ano. De positivos o mo- mento do agronegócio, com uma safra que poderá ser de 3% a 4% maior e um bom nível nos preços das comodities agrícolas, e uma provável continuidade dos negócios com a construção civil. De negativos há o cenário macroeconômico mais incerto, aumento dos juros e da in- flação, que elevam o custo do capital, e uma instabilidade política com um cenário volátil dadas as eleições”. O peso na balança de cada um desses Por Marcos Rozen Prós e contras na balança Para a Volvo 2022 deverá ao menos repetir o bom desempenho de 2021 em vendas de pesados, quem sabe até com um pequeno avanço PERSPECTIVAS 2022 » VOLVO Divulgação/VOLVO

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