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80 Outubro 2021 | AutoData PERSPECTIVAS 2022 » MERCADO DE LUXO “Preferimos crescer um pouco menos, mas vendendo uma quantidade maior de carros 100% elétricos, do que avançar 20% ou 30% [com modelos a combustão].” João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil mil unidades, de acordo com a Fenabrave. Para o executivo embora o mercado apresente tendência de crescimento há “uma enorme falta de carros”. Por isso ele estima que o segmento premium no País como um todo deva semanter empatamar próximo ao do ano passado, comcerca de 45 mil unidades comercializadas. “Registramos forte recuperação no fim do ano passado e início deste, mas, mesmo com o aumento da demanda, a indústria está com dificuldade de produção pela falta de peças, principalmente dos semi- Car vendidas, o que representará um em- pate técnico ou atémesmo leve superação do melhor resultado no País, as 7,9 mil de 2019. Como possível barreira para isso o executivo vê uma eventual falta de produ- tosmotivada pela crise de semicondutores. Mas de qualquer maneira garante que a empresa foi pouco afetada: “Como aVolvo Car Brasil faz parte da Região Américas, com sede nos Estados Unidos, consegui- mos um bom suporte de lá”. Ele acrescenta que a unidade brasileira recebeu um pouco mais de atenção do que outros mercados por ter adotado a direção da eletrificação: “Brasil e Noruega são os únicos países 100% eletrificados no mundo para a Volvo”, diz, referindo-se ao fato de que em ambos não há mais oferta de nenhum modelo apenas com motor a combustão. “Nem na Suécia é assim!”. Assim ele aponta que “para o ano que vema estratégia é amesma. Haverá formas de alimentar o Brasil com produtos 100% elétricos, porque este é ummercadomuito importante para demonstrar que a estra- tégia global está funcionando na prática”. Em termos macroeconômicos Oliveira entende que o pleito eleitoral pode gerar alguma pressão na economia em 2022, o que pode deixar o consumidor um pouco mais retraído em alguns meses do ano: “Mas acredito que se for umprocesso bem organizado, e que se limite a uma disputa exclusivamente política, não haverá grande impacto. Estamos otimistas”. Por isso ele não vê razão para que a disputa presidencial afete o câmbio, ao menos não no nível verificado do começo da pandemia até agora: “Acreditamos que pormais que se tenha de fazer algumajuste residual de preços os aumentosmais fortes já aconteceram”. AUDI: VISÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS. Para o presidente e CEO da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, a expectativa é encerrar o ano comvolume semelhante ao de 2020. A razão está na falta de veí- culos para ofertar e não na ausência de compradores. No ano passado a empresa vendeu 6,9 Divulgação/Volvo Car Brasil

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