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75 AutoData | Outubro 2021 retomada gradual da vida das pessoas. Mas isso que ocorreu na Ásia é um fator preocupante para 2022.” Por isso a Toyota trabalha em alterna- tivas e está avaliando potenciais fornece- dores não apenas no Brasil mas no México também, para melhorar a competitividade de seus produtos: “Precisamos olhar, pri- meiramente, a qualidade e os custos. O impacto do câmbio em nossas operações é relativamente grande. Localizar a pro- dução de alguns itens é uma forma que buscamos para equilibrar essa equação”. Sobre o câmbio o presidente da Toyota admite que desde que chegou ao País ainda não acertou a cotação do dólar. Mas as projeções da empresa dão conta de que se mantenha estável, a R$ 5,50 em 2022. A taxa Selic de dois dígitos, 10%, e os juros variando de 7% a 9% no ano que vem poderão ter algum impacto nos negócios à medida em que vai “aumentar a pressão na ponta, nos financiamentos”. Mesmo assim a Toyota espera crescer suas vendas no mercado interno, pas- sando de 170 mil a 175 mil unidades em 2021 para algo um pouco acima de 200 mil veículos negociados em 2022: “Este é o meu objetivo”. O Corolla Cross, em seu primeiro ano completo de vendas no País, responde- rá por parte do incremento das vendas, considerando que outros produtos como a picape Hillux feita na Argentina, o Yaris e o Corolla, além dos modelos importa- dos, mantenham o desempenho atual no mercado. Aprodução na fábrica de Sorocaba, SP, já está sendo turbinada com a antecipação do terceiro turno, emnovembro. De acordo com Chang a produção anual passará de 122 mil unidades este ano para 158 mil em 2022: “Assim esperamos até superar as 210 mil unidades fabricadas no Brasil no ano que vem”. A exportação vai ocupar parte do in- cremento produtivo do Corolla Cross, o primeiro Toyota nacional vendido em 22 países da América Latina. Isso é até um problema bompara Chang administrar: “Os distribuidores de Colômbia, Chile, Peru e Costa Rica me ligam praticamente todos os dias perguntando quando enviaremos mais unidades”. A expectativa é que das 57 mil unida- des a serem exportadas ainda este ano o volume passe a 75 mil em 2022. Na avaliação de Chang antes da pan- demia a indústria estava “puxando os vo- lumes para ocupar a capacidade, o que descontrolou o balanço com a lucrativi- dade”. Aí veio a pandemia em um 2020 classificado como “terrível”. Este ano mais uma vez a covid-19 atrapalhou os planos da Toyota – e provavelmente de todos os fabricantes. Mas com a lição aprendida e uma certa normalidade teoricamente voltando ao mercado a Toyota está confiante em que o caminho para retomar a lucratividade está pavimentado em 2022: “Superando as 200 mil unidades de produção teremos uma operação que atingirá o objetivo da lucratividade”. “ O impacto do câmbio em nossas operações é relativamente grande. Localizar a produção de alguns itens é uma forma que buscamos para equilibrar essa equação.” Rafael Chang, presidente

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