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67 AutoData | Outubro 2021 de vendas começaram a ser preparadas em agosto para a abertura do segundo turno em Resende, RJ, a partir de 2 de fevereiro, medida anunciada publicamente agora em outubro e responsável por 578 contratações. “Retomaremos a produção em dois turnos para atender a essa demanda que já existe, e um pouco também para ex- portação” – o Kicks embarca atualmente para Argentina e Paraguai. O segundo turno de produção havia sido encerrado em agosto de 2020, após três anos em funcionamento. Assim a fábrica fluminense passará a produzir no ano que vem, em vez dos atuais 31 carros por hora em um turno, 25 por hora emdois turnos, o que “representa o equilíbrio em custos”. Isso dará 86 mil unidades emdozemeses, das quais 76mil para o mercado interno e 10 mil para ex- portação. Mas, se precisar, a Nissan pode acelerar novamente a linha até os 31 carros por hora nos dois turnos, subindo o total para 110 mil no ano – em 2021 serão bem menos, 50 mil. Todos serão do SUV Kicks – o parceiro V-Drive, o antigoVersa, foi descontinuado, mesmo destino que viveu antes o hatch March. Assim Resende é agora mono- produto: “Não é algo exclusivo nosso: no México, por exemplo, uma das plantas só faz Sentra. A vantagem é trazer valor agregado para a fábrica, sendo que o Kicks tem um posicionamento de preço melhor. Poderíamos ter mais modelos, desde que fossem acima dele. Ele compensa de lon- ge não ter outro produto. Esse valor agre- gado é que justificará os investimentos, inclusive dos fornecedores próximos. E teremos um potencial maior de exporta- ção. Comparando com a operação com três modelos estamos muitomelhor agora, só com o Kicks”. As vendas externas “são uma neces- sidade para fazer hedge natural”. E aqui a estratégia é não só Kicks como também peças e acessórios Made in Resende: “Já iniciamos esse processo e funcionou muito bem. Investiremos mais nessa área e não só para atender à América do Sul. Temos conversas inclusive com os Esta- dos Unidos. Temos potencial para isso. Se nossa peça chegar competitiva lá eles comprarão”. Outro objetivo para 2022, e que faz par- te também desse processo, é ampliar a localização de peças e componentes, hoje em 55%: Cousseau quer chegar a 70%, no mínimo, o quanto antes possível. O segundo turno ajudará também a Nissan a lançar seu programa de carros por assinatura, após um piloto com os funcionários: “Já está tudo pronto para isso. Só precisamos de produto, pois não queremos frustrar o cliente pedindo que ele retorne para fechar o contrato dali a 120 dias”. “ 2022 será espetacular se conseguirmos superar a questão dos semicondutores. Temos dois anos de mercado reprimido acumulados, uma demanda forte. Acredito que será muito bom.” Aírton Cousseau, presidente Mercosul e diretor geral Brasil

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