382-2021-10

64 Outubro 2021 | AutoData de instabilidade econômica e de pressão nos preços, além de uma crise de social muito grande: “Demoraremos para nos recuperar como País”. De toda forma a vice-presidente des- taca o desempenho dos países sul-ame- ricanos, que têm apresentado taxas de crescimento superiores à média global, ainda que sobre bases bem deprimidas pela pandemia. Ela não crê em ruptura desta tendência, mas chama a atenção para o ritmo da inflação. “A onda de aumento dos preços das matérias-primas já passou mas ainda creio que a inflação, em 2022, fique um pouco acima do índice que teremos nes- se ano.” Desta forma haverá impacto nas taxas de juros, que deverão manter a tendência de alta. De toda maneira nada disso de- verá frear o crescimento dos mercados sul-americanos onde a General Motors atua: de 3,8 milhões de unidades projeta- das para 2021 a expectativa é saltar para algo que varie de 4 milhões a 4,4 milhões de veículos vendidos na região em 2022. “O resultado deste ano ficará um pou - co abaixo das expectativas por causa da crise dos semicondutores. Ao longo do ano que vem a situação deverá se resol- ver, pois já existem diversas iniciativas de expansão de produção, incluindo a abertura de novas fábricas. Este é um pro- blema global e a solução está chegando.” Dentro de casa o trabalho é para tor- nar a operação autossustentável. A Ge- neral Motors roda plano de investir R$ 10 bilhões em suas fábricas no Estado de São Paulo e o primeiro modelo deste pacote, a nova picape Montana, chegará às concessionárias nos próximos meses, a partir da unidade de São Caetano do Sul, SP. Para justificar esses investimentos a operação local precisa dar lucro: nos últimos anos a matriz precisou ajudar a fechar as contas. “Estamos com foco na autossustenta- bilidade. Retomar a liderança do mercado brasileiro é importante, e é claro que é um dos objetivos, mas não é o principal. Não seremos líderes a qualquer custo.” Ao mesmo tempo a General Motors trabalha para ser reconhecida como marca que oferece o que há de melhor em termos de tecnologia, e inclusive nos segmentos de base do mercado, como onde o Onix participa. Santiago Chamorro, que assumiu a presidência da companhia em setembro ao suceder Carlos Zarlenga, que optou por deixar a empresa de forma súbita, vem da área global de serviços conecta- dos e um de seus objetivos, avisou, será expandir e reforçar essas tecnologias, como a OnStar, por aqui. É mais uma frente para engrossar os lucros e tornar a GMAmérica do Sul uma operação sustentável e relevante diante dos olhos de uma matriz que tem hoje na eletrificação sua prioridade. “ Nosso maior foco agora está na autossustentabilidade. Retomar a liderança do mercado brasileiro é importante, e é claro que é um dos objetivos, mas não é o principal. Não seremos líderes a qualquer custo.” Marina Willisch, vice-presidente de relações governamentais, comunicações e ESG para a América do Sul PERSPECTIVAS 2022 » GENERAL MOTORS

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=