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62 Outubro 2021 | AutoData U m ano difícil como 2021 dificilmen - te se repetirá na General Motors brasileira. A fábrica de Gravataí, RS, ficou nada menos do que quatro meses sem produzir os Chevrolet mais vendidos do mercado, Onix e Onix Plus, e a companhia passou boa parte do ano com dificuldades para manter o ritmo dos demais modelos do portfólio por causa da crise global de abastecimento de se- micondutores: a matriz optou por priorizar mercados mais maduros com margens de lucro mais generosas. O resultado foi a perda da liderança e a queda para a terceira posição do ranking de marcas do mercado automo- tivo brasileiro. A direção local passou por momentos de turbulência com a rede, a quem precisou socorrer financeiramente. E o próprio desempenho do mercado, no geral, ficou abaixo das expectativas, diante de um cenário de aumento dos custos e reajustes na tabela de preços. Mas, pelo menos, “para nós o pior já passou”, sentencia Marina Willisch, vice- -presidente de relações governamentais, comunicações e ESG da General Motors para a América do Sul. De acordo com ela “em ummês de retorno da produção em Gravataí, em apenas um turno, já volta- mos a registrar dois dígitos de participa- ção de mercado e deveremos contar com maior oferta de componentes em 2022”. A vice-presidente reconhece, porém, que “embora a demanda exista a instabilidade na produção continua”. Willisch projeta um quarto trimestre de forte recuperação: a fábrica de Gravataí já retornou a produzir em dois turnos de trabalho e mais Onix e Onix Plus sairão de lá para atender a vendas represadas e demandas de clientes que resolveram esperar pelos dois modelos. A executiva, que se diz “otimista por natureza”, afirmou já conseguir enxergar a luz no fim do túnel. O avanço dos nú - meros da vacinação no Brasil, que tenta virar definitivamente a página na história da pandemia, porém, encontra cenário PERSPECTIVAS 2022 » GENERAL MOTORS Por André Barros Dias melhores no horizonte General Motors foi muito prejudicada pela crise dos semicondutores neste ano, mas a empresa acredita que o pior já passou Divulgação/GM

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