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46 Outubro 2021 | AutoData PERSPECTIVAS 2022 » FABRICANTES DE AUTOPEÇAS “ Todo investimento para nacionalizar precisa de uma visão global, não pode mais ser só para mercado local: é muito perigoso, pois a demanda pode cair fortemente.” Besaliel Botelho, presidente da Bosch para a América Latina a crescer no mercado nacional. Quando há engenharia local pode-se desenvolver produtos customizados para as condições de cada país. Espero que haja políticas no Brasil que nos ajudem a continuar investin - do no desenvolvimento tecnológico para um planejamento de longo prazo”. Com 65% de nacionalização a Bosch também quer ampliar a localização. Neste ano investiu R$ 180milhões – o que incluiu a transferência de linha de produção de bicos injetores dos Estados Unidos para o Brasil, que atenderá a mercados de exportação e ao interno para Euro 6 – e, para o ano que vem, deverá aportar mais R$ 130 milhões, que é a média anual. Os valores são para a América Latina, mas a maior parte vem ao Brasil, pois o centro de desenvolvimento e a produção industrial estão aqui. “Em 2022 a renovação de produtos e de fábricas continuará”, garante Besaliel Botelho, presidente da Bosch para a Amé- rica Latina, com a perspectiva de também crescer pelo menos 20%. “Colocamos no- vas tecnologias no mercado brasileiro, de valor agregado maior. Não é só uma questão de volume, mas de tecnologia. E teremos a recuperação da produção de veículos.” Para balizar as receitas a companhia possui regra de exportar ao menos 30% da produção: “Temos alto conteúdo nacional mas dependemos da importação. Para fazer frente às volatilidades da moeda bra- sileira e assegurar balança equilibrada nas nossas crises, portanto, temos boa base de exportação. Todo investimento para nacionalizar precisa de uma visão global, não pode mais ser só para demanda local: é muito perigoso, pois a demanda pode cair fortemente”. Para Gustavo Mwosa, presidente do Grupo Paranoá, produtor de mangueiras e tapetes automotivos, o ambiente de frenagem e aceleração repentina é difícil para todo mundo: “Podemos ver o copo meio cheio e meio vazio. O meio cheio, como o enxergamos, é que uma situação problemática oferece possibilidades para evoluirmos”. Divulgação/Bosch

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