382-2021-10

35 AutoData | Outubro 2021 5,00 2021 4,60 2,70 16,30 5,20 5,50 279 8,25 5,00 13,00 82,00 0,70 8,50 -1,50 1,60 2022 1,90 2,10 1,60 5,30 1,40 285 8,50 1,60 12,10 83,40 0,80 4,10 -1,00 PIB (%) Gastos do governo (%) Desemprego (%) Indústria (%) Investimento (%) Câmbio (R$/US$) Dívida pública (%/PIB) Agropecuária (%) Consumo das famílias (%) Inflação do IPCA (%) Serviços (%) Exportações (US$ Bilhões) Selic (% ao ano) Déficit primário (%/PIB) A bola de cristal dos economistas Fonte: Boletim Focus do Banco Central, com previsões de mercado em 1/10/2021 o aumento das tarifas de energia trará impactos à inflação e aos custos e, con - sequentemente, aos preços, não resta dúvida. Mas o maior temor é o de inter- rupções de fornecimento ou necessidade de racionamento, o que, em ambos os casos, forçaria o ritmo e o volume de pro- dução ainda mais para baixo. Por via das dúvidas não custará nada pelas manhãs, ao se abrir a janela, pedir a São Pedro por chuvas – a única salvação possível nesse momento capaz de aliviar a pressão sobre o sistema. Em suma pode-se dizer que 2022 não chegará oferecendo um cenário de so- nhos, mas é importante, fundamental, recordar que há um ano, neste mesmo período, as incertezas eram infinitamente maiores. Não sabíamos se haveria vacina, quan- do é que poderíamos sair de casa e nem se a pandemia recrudesceria, o que aca- bou de fato por ocorrer. Agora temos praticamente metade da população brasileira completamente vacinada, os números de casos e mortes estão em queda franca, mesmo que ainda estejam acima do patamar desejável e que não estejam assim tão abaixo da- queles registrados há doze meses, e a neblina que marcou o último trimestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021 parece finalmente dissipar-se. Sim: quando a vista à frente melhorou vimos um quadro muito mais bagunçado do que se poderia imaginar, com conse- quências da pandemia espalhadas por quase todos os lados e de quase todas as maneiras. Mas é inegável que agora se pode enxergar algo ali que parece ser o horizonte e a sensação de que o pior já passou é sólida. Ao que tudo indica chegamos, final - mente, àquela fase na qual já é possível pensar que se superamos a pandemia conseguiremos superar qualquer outra coisa. Então, que venha 2022, de braços abertos.

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