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30 Outubro 2021 | AutoData crescimento da demanda interna e elevar volumes para osmercados externos que já estão abertos, semdeixar demonitorar novas oportunidades que possam surgir. Em termos de macroeconomia como o senhor vê 2022? Nãome arrisco a fazermuitas projeções. Nós nos apoiamos no horizonte que em- presas especializadas nos fornecem. O que esperamos é o que o mercado está mostrando hoje, ou seja, aceleração nos juros e um cenário bastante incerto. Como o senhor resumiria 2021? O começo do ano foi desesperador de- vido à segunda onda da covid-19 em Manaus, com um cenário terrível de falta de oxigênio. Houve um ponto em que as empresas fabricantes ajudaram fornecendo o que tinham em estoque para sua produção, e víamos pessoas emmacas nos aeroportos para continuar o tratamento em outros estados. Tudo isso nos assustou muito, e foi necessá- rio interromper a produção. Em janeiro e fevereiro deixamos de produzir cerca de 100 mil unidades, mas conseguimos recuperar cerca de 40 mil unidades ao longo do ano. Posso dizer que foi um ano positivo ainda quemuito desafiador, porque começou comesse quadro durís- simomas que, depois, melhorou. Avacina chegou e ajudou a conter o avanço da pandemia, o que nos permitiu produzir em ritmomelhor. Se daqui até dezembro conseguirmos confirmar a produção de 1,2 milhão de unidades significará que conseguimos tirar uma parte do atraso ocorrido em 2020. “ Este ano a demanda foi impulsionada por uma série de fatores, como maior uso da motocicleta para entregas de todo tipo de produto em domicílio e a busca por transporte individual com menor custo de aquisição e baixo consumo de combustível.” de férias coletivas em julho e as de de- zembro, que também fazem parte do calendário, reduzindo a produção. A maior parte dessa demanda é de um público que depende de crédito para ad- quirirmotocicletas de baixa cilindrada... É provável que os juros aumentem no ano quevem, mas ainda falta clareza para falarmos disso e de outros temas corre- latos tais como custos e inflação. Ainda assim acredito que a oferta de crédito será igual ou maior do que a de 2021, pois mesmo com essas incertezas é um momento diferente do que vivemos após 2011, quando houve a crise do crédito. Vemos que agora o setor financeiro está mais apto a atender às demandas dos nossos clientes, e cito aqui como exem- plo a chegada de novos bancos digitais e de novas tecnologias que permitem análises de crédito mais seguras. E as exportações em2022? Será possível avançar para novos mercados? Para retomar volumes maiores para a Argentina, nosso principal mercado, de- pendemos da resolução de alguns pro- blemas internos do país, que já existiam antes da pandemia, como dificuldades para retomar a economia local e para controlar as contas públicas. Esse cres- cimento nos embarques dependemuito mais deles do que nós, mas claro que por aqui também precisamos resolver algumas questões, como o controle total da pandemia, para elevar a produção. Na América do Sul há espaço para as fabricantes nacionais avançareme acre- dito que o foco em 2022 será atender ao FROM THE TOP » MARCOS FERMANIAN, ABRACICLO

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