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26 Outubro 2021 | AutoData “ Os importadores têm na renovação do regime para importação de híbridos e elétricos, que vence em 31 de dezembro deste ano, a sua pauta mais importante para 2022.” atendem aos planos das importadoras. Temos conversado bastante comoMinis- tério da Economia para dar continuidade. Não esperamos qualquer surpresa para o ano que vem. E o acordo com a União Europeia? Oacordo já finalizado precisa ser assinado por todos os países do bloco europeu. Acredito que isso não aconteça no ano que vem. Dependendo do resultado das eleições pode ser que em 2023 haja um consenso e a ratificação, com as assina - turas. Aí o livre comércio poderia entrar em vigor em 2024. O caminho é esse: o Brasil, no âmbito do Mercosul, continuar buscando acordos comerciais comoutras regiões promovendo uma abertura para produtos como automóveis aqui. E caso o acordo não ocorra e omercado internomantenha as tributações aos im- portados, isso pode mudar a estratégia das empresas? As motorizações mais tradicionais, a combustão, terão maiores restrições e acredito que acabarão como nichos de mercado. Isso vai acelerar a estratégias das empresas com híbridos e elétricos, que se beneficiamdo regime diferencia - do de tributação. As marcas têm com- promisso de longo prazo com o Brasil e vão encontrar outras formas de explorar o mercado com os produtos com mais tecnologia. Em 2022, sem a BMW, qual será a pro - jeção para o mercado de importados? Estamos olhando cada vezmais não ape- nas para os números dos associados da Abeifa, mas o volume total de veículos importados no Brasil. Considerando esse universo, e não apenas o resultado da Abeifa, esperamos um crescimento de 3% a 4%. Nossas marcas associadas de- vem ter desempenho parecido com o resultado do mercado total de importa- dos, porém ainda não definimos nossa projeção porque estamos esperando a renovação dos incentivos para os híbridos e elétricos. A crise dos semicondutores ainda afeta os pedidos feitos para as matrizes das empresas? No primeiro semestre de 2022 teremos sérias restrições na produção e utilização de semicondutores nomundo. Conside- rando um período de três meses desde a produção e a chegada dos veículos ao Brasil dá para dizer que até setembro receberemos um volume menor, o que impacta nos estoques. É preciso entender como será o quarto trimestre do ano que vem, quando esperamos uma melhora no fluxo de importação. Mas até lá tere - mos uma pressão nos estoques e uma oferta menor de veículos importados no mercado interno. Sobre as eleições: oque a entidade espe- ra dos candidatos e do próximo governo? Esperamos que o próximo governo eleito demonstre claramente compromisso de longo prazo com o mercado. Lutamos pela isonomia das regras para todos os atores do mercado e que qualquer um que assumir tenha uma agenda de in- centivos a tecnologias que contribuam para a transformação de umamobilidade mais limpa. O senhor acredita na entrada de novos associados no ano que vem? Já temos alguns novos players no mer- cado, como a GreatWall, e estamos con- versando com eles. Também criamos uma nova categoria, a de UTVs, que são veículos recreativos. FROM THE TOP » JOÃO OLIVEIRA, ABEIFA

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